Governantes estrangeiros repudiam terrorismo em Brasília
A invasão terrorista e golpista às sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), sete dias após a posse do presidente Luis Inacio Lula da Silva, gerou imagens estarrecedoras em todo o mundo. As reações internacionais foram contundentes em defesa da democracia e contra a atitude dos criminosos bolsonaristas, com cobranças a organismos multilaterais.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje que a situação no Brasil é “ultrajante”, depois que apoiadores de Bolsonaro invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e o prédio do STF (Supremo Tribunal Federal).
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que condena os ataques à Presidência, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal hoje. “Usar a violência é sempre inaceitável. Nós nos juntamos a Lula para pedir o fim imediato dessas ações.”
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que “a vontade do povo brasileiro e as instituições democráticas devem ser respeitadas! O presidente Lula pode contar com o apoio incondicional da França”.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, prestou toda sua solidariedade ao presidente Lula “e ao povo do Brasil”. “O fascismo decide dar um golpe. As direitas não puderam manter o pacto da não violência. É hora urgente de reunião da OEA, se quer seguir viva como instituição e aplicar a carta democrática. Propusemos fortalecer o sistema interamericano de direitos humanos aplicando as normas vigentes e ampliando a carta aos direitos da mulher, ambientais e coletivos, mas a resposta são golpes parlamentares ou golpes violentos da extrema direita.”
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse que a democracia é o único sistema político que garante as liberdades e nos obriga a respeitar o veredicto popular. “Aqueles que tentam desrespeitar a vontade da maioria ameaçam a democracia e merecem não só a sanção legal correspondente, mas também a rejeição absoluta da comunidade internacional.”
Ele ainda expressou seu repúdio ao que está acontecendo em Brasília. “Meu apoio incondicional e do povo argentino a Lula diante dessa tentativa de golpe que vocês estão enfrentando.”
“Demonstremos com firmeza e unidade nossa total adesão ao governo eleito democraticamente pelos brasileiros encabeçado pelo presidente Lula. Estamos juntos com o povo brasileiro para defender a democracia e não permitir nunca mais a volta dos fantasmas golpistas promovidos pela direita.”
Quienes intentan desoír la voluntad de las mayorías, atentan contra la democracia y merecen no solo la sanción legal que corresponda, sino también el rechazo absoluto de la comunidad internacional.
“Como presidente da Celac e do Mercosul, ponho em alerta aos países membros para que nos unamos nesta inaceitável reação antidemocrática que tenta impor-se no Brasil”.
Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, falou em “ações golpistas dos bolsonaristas que agrediram o Congresso e outras instituições pilares da democracia no Brasil”.
“Nossa solidariedade ao irmão Lula e ao povo brasileiro. A direito bolsonarista segue o exemplo de Donald Trump e não aceita a derrota”, afirmou Morales.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, também reagiu rápido condenando o golpismo. “Condenável e antidemocrática a tentativa de golpe dos conservadores no Brasil incentivados pelas lideranças do poder oligárquico, seus porta-vozes e fanáticos. Lula não está sozinho, tem o apoio das forças progressistas de seu país, do México, do continente americano e do mundo.”
Gabriel Boric, presidente do Chile, também expressou apoio a Lula. “Ataque inaceitável aos três poderes do Estado brasileiro pelos bolsonaristas. O governo brasileiro tem todo o nosso apoio diante desse covarde e vil ataque à democracia.”
Até o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e o presidente do Equador, Guillermo Lasso, defenderam a democracia contra a violência. “Estamos acompanhando com preocupação os acontecimentos que estão ocorrendo no Brasil. O caminho deve ser sempre o respeito às instituições, à democracia, à liberdade e à não-violência”, disse o paraguaio.
“Condeno as ações de desrespeito e vandalismo perpetradas contra as instituições democráticas de Brasília, pois atentam contra a ordem democrática e a segurança cidadã. Manifesto o meu apoio e o do meu governo ao regime legalmente constituído de Lula, disse Lasso”
Da Venezuela, veio o apoio do presidente Nicolás Maduro, a Lula. “Rejeitamos categoricamente a violência gerada pelos grupos neofascistas de Bolsonaro que têm agredido as instituições democráticas do Brasil. Nosso apoio a Lula e ao povo brasileiro que, com certeza, se mobilizará em defesa da paz e de seu presidente.”
Pedro Sánchez, presidente da Espanha, também exigiu a normalidade democrática. “Todo meu apoio ao presidente Lula e às instituições eleitas livre e democraticamente pelo povo brasileiro. Condenamos veementemente o assalto ao Congresso do Brasil e pedimos o retorno imediato à normalidade democrática.”
Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, expressou apoio e solidariedade ao governo Lula. “Condenamos veementemente os atos violentos e antidemocráticos ocorridos no Brasil, com o objetivo de gerar caos e desrespeitar a vontade popular manifestada com a eleição do presidente Lula. Expressamos todo nosso apoio e solidariedade a Lula e a seu governo.”
Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), falou em ações fascistas. “Condenamos o ataque às instituições em Brasília, que constitui uma ação condenável e um ataque direto à democracia. Essas ações são indesculpáveis e de natureza fascista.”
Ignacio Ybañez, embaixador da União Europeia no Brasil, por sua vez, apoiou a institucionalidade democrática brasileira. “Seguindo com grande preocupação os atos antidemocráticos e as ações violentas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Todo o nosso apoio às instituições brasileiras.”
(por Cezar Xavier)