Macron declara apoio ao presidente Lula e pede que “respeitem a democracia brasileira” (Ricardo Stuckert)

O ataque aos órgãos de soberania do Brasil “é uma grande preocupação para todos nós, defensores da democracia”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em mensagem divulgada através do Twitter, em que rechaçou a invasão à sede do Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto, sede do Governo, e ao edifício do Supremo Tribunal Federal, na capital brasileira.

Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, condenou “firmemente” o “atentado às instituições democráticas do Brasil” e manifestou o seu “total apoio” a Lula, “eleito democraticamente por milhões de brasileiros através de eleições livres e justas”.

“A democracia deve ser sempre respeitada”, declarou a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, em repúdio ao vandalismo no domingo em Brasília. “O Parlamento Europeu está ao lado do Governo Lula e de todas as Instituições legitima e democraticamente eleitas”, completou.

“A União Europeia reitera o seu total apoio ao Presidente Lula e ao sistema democrático brasileiro e expressa solidariedade para com as instituições democráticas visadas por este ataque”, disse o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, em nome dos 27 Estados-membros. “O lugar para resolver as diferenças políticas é dentro das instituições democráticas do Brasil e não através da violência nas ruas”, sublinhou.

Também o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, manifestou solidariedade ao presidente Lula, assinalando as “imagens terríveis que nos chegam do Brasil” e ressaltando que “os ataques violentos contra as instituições democráticas são um atentado à democracia que não pode ser tolerado”.

Por sua vez o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou no Twitter que “a vontade do povo brasileiro e as instituições democráticas devem ser respeitadas” e que o “presidente Lula pode contar com o apoio incondicional da França”.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, reiterou “todo o apoio ao presidente Lula e às instituições eleitas livre e democraticamente pelo povo brasileiro”. “Condenamos veementemente o assalto ao Congresso do Brasil e pedimos o retorno imediato à normalidade democrática!”.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro português, António Costa, anunciou já ter falado com o presidente do Brasil, Lula, “a quem expressei a nossa solidariedade e reiterei a condenação dos atos violentos e antidemocráticos que ocorreram ontem em Brasília”, escreveu o chefe do Governo no Twitter.

A solidariedade também veio de Londres: “Condeno qualquer tentativa de minar a transferência pacífica de poder e a vontade democrática do povo brasileiro”, escreveu Sunak na rede social Twitter.”O presidente Lula e o seu governo têm total apoio do Reino Unido, e espero fortalecer ainda mais os laços estreitos dos nossos países nos próximos anos”, acrescentou.

Outras entidades e países seguem declarando repúdio à agressão bolsonarista, entre estes, a Liga Árabe e, em mensagem conjunta, EUA, México e Canadá, que realizam uma cúpula do ex-Nafta.

Papiro (BL)