Foto: Arquivo Agência Brasil

O desemprego é a principal motivação para mais de um terço dos brasileiros que optam pelo trabalho por conta própria, segundo dados de uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), em dezembro.

De acordo com a Sondagem do Mercado de Trabalho do Ibre, com dados dos últimos meses do ano passado, entre as motivações apontadas pelos brasileiros para o exercício de atividade de trabalho por contra própria está a falta de alternativa de um emprego com carteira assinada (32,1%), em seguida a vontade de ter mais independência (22,9%), flexibilidade no trabalho (13,6%) e uma fonte de renda extra (12,3%). A pesquisa foi realizada com cerca de duas mil pessoas com mais de 14 anos em todo o território nacional.

De acordo com a pesquisa. “apenas um terço dos entrevistados (33,5%) sempre pertenceram a esta categoria”. Mais da metade dos trabalhadores (57,1%) reportaram terem sido trabalhadores com carteira assinada.

“A proporção de trabalhadores que sempre foi conta-própria é maior entre trabalhadores com menor nível de escolaridade, alcançando 34,4% entre os trabalhadores com ensino fundamental; 36,1% entre aqueles com ensino médio; e caindo a 28,1% para quem possui ensino superior”, aponta a pesquisa.

Para quem está na informalidade do trabalho, ficar doente ou incapacitado é a principal preocupação (58,6%).

Os autônomos, que trabalham por contra própria, os PJs (trabalhadores mais qualificados que exercem atividades para empresas como pessoa jurídica para não pagarem os encargos relativos aos salários), entre outros que exercem os famosos “bicos” para sobreviverem, são descasados da proteção social garantida pelas leis trabalhistas.

Outras das preocupações mais citadas pelos entrevistados na pesquisa, estão: a possibilidade de não conseguirem cobrir todas as despesas (47,4%) e perderem o emprego ou a principal fonte de renda (39,2%).

Segundo declarou o motorista de aplicativo seu Antônio ao HP, “se ele sofresse um acidente de trabalho, a família dele estaria desamparada”. O aplicativo, que arrecada bilhões pelos serviços dos motoristas, que trabalham horas extraordinárias e recebem pouco pelas corridas, “não mandaria sequer flores a sua família”, disse o taxista.

O desemprego e o trabalho precário bateram recordes durante o governo Bolsonaro. As dificuldades ao acesso ao trabalho formal foram ampliadas nos últimos anos por conta da estagnação da economia brasileira, agravada pela pandemia e pelo negacionismo do governo passado em enfrentar a crise sanitária e a crise econômica. Ao contrário, acabou com os investimentos públicos, elevou os juros ao maior patamar

do mundo, os preços de produtos básicos dispararam, com destaque para os alimentos, e arrochou a renda dos brasileiros.

De acordo com dados recentes do IBGE, ao todo, no Brasil são 38,8 milhões de trabalhadores informais, o que representa 38,9% da população ocupada (99,7 milhões). Números registrados no trimestre móvel de setembro a novembro de 2022 e divulgados na semana passada (19/1). São 25,5 milhões de trabalhadores por conta própria.

A soma dos desempregados, subocupados por insuficiência de horas e as pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar, atinge o número de 21,9 milhões de pessoas e, com isto, a taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 18,9% no trimestre encerrado em novembro.

O desemprego é a principal motivação para mais de um terço dos brasileiros que optam pelo trabalho por conta própria, segundo dados de uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), .

De acordo com o segundo relatório da Sondagem do Mercado de Trabalho da Ibre/FGV, com dados dos últimos meses do ano passado, entre as motivações apontadas pelos brasileiros para o exercício de atividade de trabalho por contra própria está a falta de alternativa de um emprego com carteira assinada (32,1%), em seguida a vontade de ter mais independência (22,9%), flexibilidade no trabalho (13,6%) e uma fonte de renda extra (12,3%). A pesquisa foi realizada com cerca de duas mil pessoas com mais de 14 anos em todo o território nacional.

De acordo com a pesquisa. “apenas um terço dos entrevistados (33,5%) sempre pertenceram a esta categoria”. Mais da metade dos trabalhadores (57,1%) reportaram terem sido trabalhadores com carteira assinada.

Para quem está na informalidade do trabalho, ficar doente ou incapacitado é a principal preocupação (58,6%).

Os autônomos, que trabalham por contra própria, os PJs (trabalhadores mais qualificados que exercem atividades para empresas como pessoa jurídica para não pagarem os encargos relativos aos salários), entre outros que exercem os famosos “bicos” para sobreviverem, são descasados da proteção social garantida pelas leis trabalhistas.

Outras das preocupações mais citadas pelos entrevistados na pesquisa, estão: a possibilidade de não conseguirem cobrir todas as despesas (47,4%) e perderem o emprego ou a principal fonte de renda (39,2%).

Segundo declarou o motorista de aplicativo ao HP, seu Antonio, se ele sofresse um acidente de trabalho, a família dele estaria desamparada. O aplicativo – que arrecada bilhões pelos serviços dos motoristas, que trabalham horas extraordinárias e recebem pouco pelas corridas – “não mandaria sequer flores a sua família”, afirmou o taxista.

O desemprego e o trabalho precário bateram recordes durante o governo Bolsonaro. As dificuldades ao acesso ao trabalho formal foram ampliadas nos últimos anos por conta da estagnação da economia brasileira, agravada pela pandemia e pelo negacionismo do governo passado em enfrentar a crise sanitária e a crise econômica. Ao contrário, acabou com os investimentos públicos, elevou os juros ao maior patamar do mundo, os preços de produtos básicos dispararam, com destaque para os alimentos, e arrochou a renda dos brasileiros.

De acordo com dados recentes do IBGE, ao todo, no Brasil são 38,8 milhões de trabalhadores informais, o que representa 38,9% da população ocupada (99,7 milhões) – números registrados no trimestre móvel de setembro a novembro de 2022 e divulgados na semana passada (19/1).

São 25,5 milhões de trabalhadores por conta própria.

A soma dos desempregados, subocupados por insuficiência de horas e as pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar, atinge o número de 21,9 milhões de pessoas e, com isto, a taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 18,9% no trimestre encerrado em novembro.

Página 8 (BL)