Após cinco meses de luta na Justiça do Trabalho, a Chapa 2 – A Hora da Mudança assumiu a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense na terça-feira (13). Os novos dirigentes ficarão à frente da entidade por quatro anos (2022-2026), tendo como presidente Edimar Miguel Pereira Leite.

A chapa, que ganhou as eleições sindicais em julho com 67,1% dos votos, deveria ter sido empossada em 8 de setembro, mas foi impedida por decisão judicial que suspendeu o resultado eleitoral. Dos 40 membros da chapa vencedora, 32 são ligados à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e oito à Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas.

O pedido de impugnação foi uma manobra da Chapa 1, que obteve apenas 18,5% dos votos. No início deste mês, a juíza do Trabalho Monique Koslowsky indeferiu o pedido. A posse foi determinada na segunda-feira (12) pelo juiz do Trabalho substituto Thiago Rabelo da Costa.

A nova direção recebeu as chaves da sede da entidade apenas nesta quinta-feira (15), após autorização de arrombamento da sede pelo juiz. A diretoria anterior – que perdeu nas urnas e no Judiciário – ainda tenta reverter o resultado das eleições na segunda e terceira instâncias da Justiça do Trabalho.

O sindicato representa a categoria metalúrgica de Volta Redonda, que abriga a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Criada em 1941, no governo Getúlio Vargas, a CSN foi um dos berços da industrialização brasileira, alavancando a produção nacional de aço. A entidade também exerce a representação dos metalúrgicos de Barra Mansa, Itatiaia, Quatis, Pinheiral, Porto Real e Resende.