Serviços Foto Licia Rubinstein - Agência Notícias IBGE

Em outubro, o volume de serviços no Brasil recuou 0,6% em relação a setembro, segundo divulgou nesta terça-feira (13) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado interrompeu uma sequência de cinco resultados positivos, em uma uma demonstração de que as medidas de Bolsonaro às vésperas das eleições eram artificiais, diante de uma política de terra arrasada, de juros extorsivos, salários arrochados, carestia e inadimplência recorde.

De acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), o recuo de 0,6% do volume de serviços de setembro para outubro foi acompanhado por três das cinco atividades. O destaque foi o setor de transportes (-1,8%), com taxas negativas em todos os segmentos investigados, seja por modal: terrestre (-1,0%), aquaviário (-0,6%), aéreo (-10,1%) e armazenagem e correio (-1,2%) ou por tipo de uso: passageiros (-5,5%) e cargas (-2,0%).

“Observamos uma disseminação de taxas negativas no setor de transportes, seja em uma análise por modais, com queda de terrestres, aquaviários e aéreos, e a parte de armazenamento, serviços auxiliares ao transporte e correio, assim como em uma análise entre os tipos de uso, com quedas tanto no transporte de passageiros quanto no transporte de cargas. A queda do transporte aéreo de 10,1% ocorreu em função do aumento nas passagens aéreas observado no mês de outubro, de 27,38%”, diz Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE.

As demais quedas em outubro vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,8%) e dos prestados às famílias (-1,5%), com o primeiro sendo impactado pelos serviços técnico-profissionais (-3,7%) e o segundo interrompendo sequência de sete taxas positivas, período em que acumulou ganho de 10,8%.

Rodrigo Lobo destaca que a queda dos serviços prestados às famílias “foi muito brusca no período entre março e abril de 2020” e o setor ainda se encontra 6,0% abaixo de fevereiro de 2020.

Apresentaram variações positivas: informação e comunicação (0,7%) e outros serviços (2,6%) exerceram as contribuições positivas do mês, com o primeiro setor acumulando um ganho de 4,7% entre julho e outubro.

Os Serviços caíram em 22 das 27 Unidades da Federação em outubro frente a setembro, com destaque para Rio de Janeiro (-1,0%), Pernambuco (-5,3%), Rio Grande do Sul (-1,9%) e Santa Catarina (-2,5%). Já São Paulo (0,8%) exerceu a principal contribuição positiva no mês, seguido por Mato Grosso (5,0%).

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(BL)