Rússia blinda a Usina nuclear de Zaporozhya, alvo de ataques de Kiev
As agências de segurança russas iniciaram a instalação de uma cúpula protetora contra estilhaços de projéteis e explosivos transportados por drones na usina nuclear de Zaporozhya, que tem sido sujeita a ataques ucranianos repetidos, informou Vladimir Rogov, membro do conselho da administração dessa região, no sábado (17).
“Uma cúpula de proteção está sendo montada sobre a instalação de armazenamento de resíduos nucleares na usina de Zaporozhya”, escreveu ele no Telegram.
A maior usina nuclear da Europa em número de unidades geradoras e capacidade instalada, localizada na margem esquerda do rio Dnieper, perto da cidade de Energodar, está sob a proteção dos militares russos desde março. A chancelaria russa sublinha que a presença militar russa é justificada para prevenir vazamentos de material nuclear e radioativo. Nos últimos meses, a usina nuclear tem sido repetidamente alvo de ataques das Forças Armadas da Ucrânia.
TERRORISMO NUCLEAR
Na semana passada, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, descreveu esses ataques como “terrorismo nuclear”.
“Nossas unidades estão tomando todas as medidas para garantir a segurança da usina nuclear de Zaporozhya. Por sua vez, o regime de Kiev tenta criar a aparência de uma ameaça de catástrofe nuclear por meio de bombardeios contínuos direcionados à instalação”, disse Shoigu.
Em novembro, o diretor geral da corporação estatal russa de energia atômica Rosatom, Alexey Likhachov, advertiu que a central corre risco de sofrer um acidente nuclear, que no caso de se produzir constituiria “um precedente que mudaria para sempre o curso da historia”. Além disso, denunciou que “é óbvio que Kiev considera aceitável um incidente nuclear”, com a aprovação dos EUA e seus aliados.
Em sua última avaliação, em 13 de dezembro, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que a usina continua recebendo a eletricidade necessária para funções essenciais de segurança e proteção.
Atualmente, estão em andamento os trabalhos para colocar em operação as caldeiras móveis a diesel destinadas a evitar o congelamento de sistemas críticos durante o inverno, incluindo o aquecimento do ambiente de trabalho do pessoal.
Papiro
(BL)