Fazendeiro e o índio reprodução

Serere é pastor evangélico e tentou, sem sucesso, carreira política associada ao bolsonarismo, candidatando-se à Prefeitura de Campinápolis (MT). Sua própria comunidade nega que ele seja cacique.

O fazendeiro Didi Pimenta gravou um vídeo contando que foi contatado por José Acácio Serere, a quem chamou de “cacique e pastor”, que queria “ir para Brasília ajudar na manifestação”.

“Há dez dias que nós estamos conseguindo mandá-los para lá e ajudá-los. Já mandamos aqui de Campinápolis, eu e um grupo de amigos, mais ou menos uns oito ônibus de índios”, relatou Didi Pimenta.

“Estamos com um pouquinho de dificuldade de manter esses índios lá, então tá todo mundo ajudando, passando um PIX direto para a conta do Serere, ou até para a minha”.

“Estamos empenhados nessa luta junto com o Serere e com os Xavantes para manter a nossa democracia e nosso capitão no governo”, continuou, admitindo que está financiando os atos criminosos que visam anular as eleições presidenciais.

Serere foi preso na segunda-feira (12) depois de promover depredações e atos golpistas em diversos pontos de Brasília. Sua prisão foi pedida pela Procuradoria-Geral da Rrepública. Os bolsonaristas usaram sua prisão como pretexto para incendiar carros e ônibus, e depredar a sede da Polícia Federal.

Segundo interlocutores da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) ouvidos pelo jornal Correio Braziliense, Serere se casou há seis anos com uma mulher não indígena e tem atuado como pastor evangélico desde que foi preso por tráfico de drogas.

Clenio, um representante da Terra Indígena Parabure e líder dos jovens Xavante de Campinápolis, gravou um vídeo dizendo que José Acácio Serere estava mentindo e era um “falso profeta”.

“Aqui é o povo Xavante que [está] sempre lutando pelos nossos direitos indígenas. Nós, indígenas Xavante votamos 100% em nosso presidente eleito Lula”, diz Clenio.

No vídeo, ele pede para Alexandre de Moraes “não ouvir o falso profeta Serere, que vem falando que representa a comunidade do povo Xavante. Falo para o senhor nunca ouvir o pastor Serere. Ele vive na cidade, vive como se fosse um pastor, mas essa é a comunidade do povo Xavante, que vive na sua cultura, nas suas tradições”.

“Por favor, Alexandre de Moraes, não ouça a minoria do povo Xavante que está em Brasília lutando em prol de Bolsonaro”.

O pastor e autoproclamado cacique José Acácio Serere Xavante, que foi preso em Brasília por liderar atos golpistas e promover vandalismo, é financiado por um fazendeiro e tem sua liderança negada pela aldeia.

Serere é pastor evangélico e tentou, sem sucesso, carreira política associada ao bolsonarismo, candidatando-se à Prefeitura de Campinápolis (MT). Sua própria comunidade nega que ele seja cacique.

O fazendeiro Didi Pimenta gravou um vídeo contando que foi contatado por José Acácio Serere, a quem chamou de “cacique e pastor”, que queria “ir para Brasília ajudar na manifestação”.

“Há dez dias que nós estamos conseguindo mandá-los para lá e ajudá-los. Já mandamos aqui de Campinápolis, eu e um grupo de amigos, mais ou menos uns oito ônibus de índios”, relatou Didi Pimenta.

“Estamos com um pouquinho de dificuldade de manter esses índios lá, então tá todo mundo ajudando, passando um PIX direto para a conta do Serere, ou até para a minha”.

“Estamos empenhados nessa luta junto com o Serere e com os Xavantes para manter a nossa democracia e nosso capitão no governo”, continuou, admitindo que está financiando os atos criminosos que visam anular as eleições presidenciais.

Serere foi preso na segunda-feira (12) depois de promover depredações e atos golpistas em diversos pontos de Brasília. Sua prisão foi pedida pela Procuradoria-Geral da Rrepública. Os bolsonaristas usaram sua prisão como pretexto para incendiar carros e ônibus, e depredar a sede da Polícia Federal.

Segundo interlocutores da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) ouvidos pelo jornal Correio Braziliense, Serere se casou há seis anos com uma mulher não indígena e tem atuado como pastor evangélico desde que foi preso por tráfico de drogas.

Clenio, um representante da Terra Indígena Parabure e líder dos jovens Xavante de Campinápolis, gravou um vídeo dizendo que José Acácio Serere estava mentindo e era um “falso profeta”.

“Aqui é o povo Xavante que [está] sempre lutando pelos nossos direitos indígenas. Nós, indígenas Xavante votamos 100% em nosso presidente eleito Lula”, diz Clenio.

No vídeo, ele pede para Alexandre de Moraes “não ouvir o falso profeta Serere, que vem falando que representa a comunidade do povo Xavante. Falo para o senhor nunca ouvir o pastor Serere. Ele vive na cidade, vive como se fosse um pastor, mas essa é a comunidade do povo Xavante, que vive na sua cultura, nas suas tradições”.

“Por favor, Alexandre de Moraes, não ouça a minoria do povo Xavante que está em Brasília lutando em prol de Bolsonaro”.

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(BL)