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A Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) desarmou cerca de 40 kg de artefatos explosivos encontrados em uma área de mata, nas margens de uma rodovia em Gama, cidade satélite de Brasília, na noite deste domingo (25).

Os explosivos foram localizados no encontro da estrada vicinal 383 com a DF-290, a cerca de 50 quilômetros da capital federal. 

No fim da noite de Natal, o esquadrão de bombas do Batalhão de Operações Especiais da PM-DF foi ao local para realizar procedimentos técnicos e confirmou se tratar de explosivo. Em seguida, fez a detonação controlada do material.

Uma pessoa que passava pelo local encontrou os artefatos e chamou a polícia. Os itens foram apreendidos e levados à 20ª Delegacia de Polícia (Gama), para registro de ocorrência.

“Por volta das 15h30 deste domingo (25), na DF-290, pela entrada da VC 383, na cidade do Gama, a PMDF localizou em uma área de mata coletes balísticos, capas de coletes balísticos e material que aparentava ser explosivo. Os policiais chegaram ao local após uma denúncia”, diz a PM em nota.  

“Ao confirmarem as informações, a área foi isolada e teve início a Operação Petardo. O esquadrão de bombas do Batalhão de Operações Especiais da PMDF esteve no local e realizou procedimentos técnicos para confirmar se o material era de fato explosivo. Por volta das 22h30, o esquadrão neutralizou os artefatos por meio de uma detonação controlada. Os coletes balísticos foram apreendidos e levados à 20ª Delegacia para registro da ocorrência”, diz a nota.

Além dos artefatos, 13 coletes à prova de balas e cinco capas de coletes foram achados durante a operação e encaminhados ao Instituto de Criminalística da Polícia Civil, onde vão passar por perícia. 

Para comparação, em julho de 2005, a Al-Qaeda usou 18 Kg de explosivos no pior ataque terrorista a Londres desde a Segunda Guerra Mundial, em que 52 pessoas morreram e 700 ficaram feridas. Na ocasião, segundo a polícia britânica, cada um dos quatro explosivos utilizados nos ataques pesavam cerca de 4,5 quilos.

Este foi o segundo chamado envolvendo artefatos explosivos em pouco mais de 24 horas. No sábado,  véspera de Natal, equipes do esquadrão de bombas desativaram um explosivo encontrado próximo ao Aeroporto de Brasília. O suspeito do atentado é o empresário George Washington que, segundo a polícia confessou o crime.

O explosivo foi colocado no eixo de um caminhão-tanque, abastecido com 63 mil litros de querosene de aviação (28 mil no primeiro compartimento, e 35 mil no segundo), estacionado na Estrada Parque Aeroporto (Epar), em frente à Concessionária V1.

A bomba seria explodida por um dispositivo remoto. A perícia da Polícia Civil do DF identificou que houve tentativa de detonar a bomba. “Graças a Deus conseguimos interceptar. Não conseguiram explodir, mas a perícia nos relata que eles tentaram acionar o equipamento”, frisou o diretor-geral da PCDF, o delegado Robson Cândido.

Peritos acreditam que a quantidade de explosivos seria capaz de romper o compartimento do tanque. No entanto, em caso de rompimento, resultaria na explosão ou em um incêndio de grandes proporções.

O empresário foi preso no apartamento dele, onde os investigadores encontraram um arsenal, roupas camufladas, munições, espingardas e artefatos explosivos. “Ele estava em uma caminhonete, carro próprio, e trouxe os armamentos por lá. Mas as emulsões explosivas foram encaminhadas para ele posteriormente. Será investigado quem enviou, mas de antemão elas são oriundas de pedreiras e garimpos do Pará, mas iremos investigar essa conexão”, falou o diretor-geral da PCDF.

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(BL)