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A paralisação de pilotos, comissários, mecânicos de voo, navegadores e radioperadores de voo, iniciada na manhã desta segunda-feira (19), causou atrasos nos principais aeroportos do país.

A greve está prevista para acontecer todos os dias entre 6h e 8h, até que haja alguma sinalização das empresas aéreas sobre as reivindicações da categoria, a principal delas é a recomposição inflacionária dos salários, com aumento real de 5%.

Ouça abaixo a avaliação do Sindicato sobre o primeiro dia de greve:

“Nossas reivindicações são bem básicas. Há um caráter financeiro, pois a categoria já não tem uma recomposição inflacionária nem qualquer tipo de ganho real há pelo menos três anos. É um caráter social, pois tentamos garantir minimamente que as empresas respeitem as folgas e os repousos dos tripulantes”, afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Henrique Hacklaender.

A greve foi definida no domingo, em assembleia online. 5.767 aeronautas participaram da decisão, onde 76,43% votaram contra a proposta das empresas para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2022/2023.

Durante a paralisação, os tripulantes estão sendo orientados pelo sindicato a comparecerem aos aeroportos, mas não decolarem.

Hoje, em decorrência da greve, foram afetados os aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Viracopos, em São Paulo; Santos Dumont e Tom Jobim, no Rio de Janeiro; e os aeroportos de Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e Fortaleza.

Além do reajuste salarial, os aeronautas também reivindicam melhores condições de trabalho, com definição de horários de folga, proibição de alteração das escalas e cumprimento da regra de tempo mínimo em solo entre voos.

Atendendo ação judicial movida pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) contra o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que 90% da categoria mantenha-se em serviço durante a greve.

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(BL)