O empresário do Amapá, Júlio Farias, que publicou um vídeo nas redes sociais em que ameaçava agredir o senador Randolfe Rodrigues (Rede), foi preso nesta quinta-feira (22) durante uma operação da Polícia Federal (PF) em conjunto com a Polícia Legislativa do Senado Federal. A polícia cumpria mandado de busca e apreensão quando encontrou dez armas e um silenciador de fuzil, que é de uso restrito. 

A denúncia foi feita depois que em 19 de novembro, o empresário fez um vídeo em que aparece vestido de verde e amarelo, chamando o senador de “gazela”, com ofensas homofóbicas e ameaças de agressão.

Após a denúncia, a Justiça Federal expediu um mandado de busca e apreensão contra o homem. No endereço dele foram encontradas armas e um silenciador de fuzil. O item é de uso restrito das forças militares e, por isso, o homem foi preso em flagrante.

Nos endereços ligados ao empresário foram apreendidas dez armas de fogo, entre elas fuzil, espingardas, revólver e pistolas. Além de mais de 3 mil munições de diversos calibres. De acordo com a polícia, as armas era legalizadas, mas foram apreendidas porque, além do mandado, a Justiça determinou a suspensão de autorização de porte e posse de armas de fogo registradas em nome do empresário.

O homem também está proibido de se aproximar a menos de 200 metros de distância de Randolfe.

A defesa de Júlio Farias, o advogado José Calandrini, disse por telefone ao G1 que o que aparenta ser uma ameaça séria é na verdade, uma brincadeira. Negou ainda que as falas tenham sido, de fato, direcionadas ao senador.
“Em momento algum Júlio citou o nome do senador. Ele chamou de gazela um amigo que é petista, e ele [Júlio] é bolsonarista, então eles ficam um brincando com o outro. Júlio não tem nada contra o senador. Por conta do recado, em tom de brincadeira, o senador Randolfe tomou para si esse codinome de ‘gazela’, achou que era para ele e acionou a polícia”, disse o advogado do empresário, José Calandrini.

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(BL)