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A Polícia Federal no Amazonas pediu à Justiça que Rubens Villar Coelho, conhecido como “Colômbia”, apontado o mandante dos homicídios do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, seja transferido para um presídio de segurança máxima.

A solicitação foi feita no início na noite da quarta-feira (21). Ele foi preso novamente na terça-feira (20), no bairro Santa Etelvina, Zona Norte da capital amazonense, onde estava escondido.

O criminoso havia sido solto após pagar uma fiança de R$ 15 mil, em outubro.

Segundo a PF, Colômbia é suspeito de chefiar uma quadrilha de pesca ilegal em áreas indígenas, em Atalaia do Norte, no interior do estado, onde aconteceu os assassinatos de Bruno e Dom, e também por usar documentos falsos.

A PF considera que ele oferece risco de fuga e é necessário que ele fique preso para não atrapalhar as investigações.

Na decisão que decretou a prisão preventiva de Colômbia, o juiz Fabiano Verli informou que tem em mãos uma certidão do oficial de justiça atestando que no dia 6 de dezembro, o oficial procurou pelo acusado, para citá-lo e não conseguiu. Ele foi informado pela provável dona imóvel que ele não mora no local, que serviu de base para a soltura.

Ainda segundo a decisão, não há notícia do uso de tornozeleira eletrônica de rastreamento, pois a liberdade provisória só foi concedida sob a condição do uso de aparelho.

Na decisão, o juiz coloca que Colômbia “não parece estar agindo conforme os ditames da liberdade provisória concedida” e que “por isso é obrigado a revogá-la, sob pena de vulneração da ordem social e descrédito do Poder Judiciário” e que ele deverá ser recolhido preventivamente.

Conforme a PF, Colômbia será encaminhado para a audiência de custódia e, em seguida, regressará ao sistema prisional. A polícia também informou que irá solicitar o seu encaminhamento a um presídio federal de segurança máxima.

O criminoso seguiu para a prisão domiciliar em outubro e era obrigado a usar tornozeleira eletrônica. O Ministério Público Federal (MPF) chegou a recorrer da decisão, mas o juiz federal Fabiano Verli manteve, no dia 18 de outubro, a liberdade provisória do suspeito.

Colômbia também responde a outro processo que apura sua participação em organização criminosa armada e crimes ambientais.

Em julho, Colômbia foi detido em flagrante por uso de documentos falsos ao ser ouvido na delegacia de Tabatinga sobre suposta participação nos homicídios. Ele negou envolvimento com o crime. E, apesar de negar participação nos assassinatos, uma das linhas de investigação da PF é de que Colômbia, que também seria um traficante de drogas, compra pescado ilegal de criminosos da região.

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(BL)