Yury Aforin, primeiro vice-presidente do Partido Comunista da Federação Russa (divulgação)

“A história soviética é a história de sanções e bloqueios impostos contra nós pelo imperialismo ocidental, tentando nos sufocar econômica e tecnologicamente. Ou seja, a URSS viveu por 70 anos na situação em que nos encontramos hoje. Apesar de tudo isso, o período soviético foi de rápido desenvolvimento e grandes conquistas”, afirmou o primeiro vice-presidente do Comitê Central do Partido Comunista da Federação Russa, Yuri V. Afonin , em discurso na sessão plenária da Duma Estatal, propondo que o 100º aniversário da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no dia 30 deste mês, deveria se tornar um feriado nacional.

“A União Soviética é o lançamento do primeiro satélite, é o primeiro vôo tripulado ao espaço, é a primeira estação orbital, é a primeira usina nuclear, é o primeiro quebra-gelo nuclear, é a primeira vitória completa do mundo sobre a praga do desemprego, é a primeira jornada de trabalho de oito horas e a licença-maternidade, são as maiores conquistas da ciência e da educação gratuita. Todas essas conquistas marcaram tanto que a humanidade se lembrará delas 100, 200 e mil anos depois”, assinalou Afonin, dirigindo-se ao presidente do Parlamento Russo, Vyacheslav Volodin.

Em 30 de dezembro de 1922, aconteceu em Moscou o primeiro Congresso dos Soviets de toda a União. Neste Congresso fundou-se por proposta de Lênin e Stalin a união voluntária e livre formada pelos Estados dos povos soviéticos: a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Faziam parte da URSS, no início, a República Socialista Federativa Soviética da Rússia (RSFSR), a República Socialista Federativa Soviética da Transcaucásia (RSFST), a República Socialista Soviética da Ucrânia, (USSU) e a República Socialista Soviética da Bielorússia (RSSB). Pouco tempo depois, se constituíram na Ásia Central três Repúblicas Soviéticas independentes dentro da União: as Repúblicas do Uzbequistão, Turcomenistão e Tadzikistão. Todas estas Repúblicas se agruparam na União dos Estados Soviéticos sobre a base de sua livre vontade, com direitos iguais, e conservando cada uma delas a faculdade de abandonar livremente a União Soviética.

“É hora de nos afastar do caminho liberal sem saída. Temos um trabalho duro pela frente. Devemos vencer a guerra desencadeada contra nós pelo bloco imperialista ocidental”, disse, Yuri Afonin, apontando que “isso requer uma política socioeconômica completamente diferente. Aquela cujos contornos foram delineados em nosso país durante a rápida modernização leninista-stalinista do século XX, ajustada, é claro, à tecnologia do século XXI. Em primeiro lugar, é indispensável a nacionalização de indústrias-chave e o planejamento estratégico da economia”.

“Quando dois meses atrás, nós e vocês fizemos história aprovando a unificação de novas regiões com a Rússia, o presidente do Comitê Central do Partido Comunista da Federação Russa, Gennady Andreyevich Zyuganov, disse que esta era uma festa com lágrimas nos olhos. Com lágrimas, porque os nazistas de Kiev continuam hoje a matar pessoas que se tornaram nossos cidadãos. Devemos enxugar essas lágrimas, proteger nossos novos compatriotas, restaurar as cidades e fábricas destruídas, dar um novo impulso ao desenvolvimento do país e avançar a passos largos. Só podemos fazer isso nos apoiando na experiência da grande União Soviética”, sublinhou o dirigente comunista.

“Caros colegas! Não é tarde demais para dar um significado nacional ao grande jubileu histórico”, afirmou Afonin, convocando a todo o Parlamento e a toda a mídia russa, para cobrir amplamente os eventos de comemoração do aniversário de fundação da URSS.

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(BL)