Multidão ocupou as ruas de Bruxelas contra a alta no custo de vida (James Arthur Gekiere/ AFP)

Durante a cúpula da União Europeia (UE) em Bruxelas, na sexta-feira (16), milhares de manifestantes tomaram as ruas contra o aumento do custo de vida, exigindo reposição salarial, de acordo com a inflação crescente em toda a Europa, além de melhores condições de trabalho.

O protesto interrompeu os sistemas de transporte público e o próprio conclave.

O aeroporto de Bruxelas anunciou que os voos seriam cancelados devido aos protestos, enquanto a polícia local disse que o tráfego foi interrompido.

Após as sanções exacerbadas contra a Rússia sob pretexto do conflito na Ucrânia, o preço do gás e da eletricidade dispararam em toda a Europa no inverno, com a taxa de inflação na Bélgica atingindo 10,63% em novembro, enquanto a inflação ao consumidor na zona do euro como um todo também está em torno de 10%.

“Você volta para casa com seus filhos, você quer que sua casa seja quente. Você não deveria ter que fazer cálculos sobre o uso de energia”, disse um manifestante.

A maioria dos países europeus está enfrentando uma alta do custo de vida que levou várias categorias a entrarem em greve por salários repostos de acordo com a inflação que os governos não enfrentam e colocam a responsabilidade nas ‘questões internacionais’.

Os efeitos prejudiciais da inflação crescente nos países europeus, especialmente no Reino Unido, descarrilaram a economia. Ingleses estão lutando para se aquecer neste inverno e pagar suas pesadas contas de gás, problema que é despejado sobre os cidadãos comuns.

De acordo com os dados recém-divulgados, apenas um em cada seis britânicos tem aquecimento adequado até o horário desejado.

Os cidadãos alemães, por outro lado, viram os preços do gás subirem para mais de 40%, o que veio acompanhado de um aumento no custo de vida. A taxa de inflação do país atingiu o pico de 10% em outubro – a maior em 70 anos.

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(BL)