Supermercado

A prévia da inflação oficial de dezembro, divulgada nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) 15, apresentou alta de 0,52% e fechou o ano de 2022 com variação acumulada de 5,90%.

Os preços dos alimentos continuam impactando o orçamento e a saúde das famílias brasileiras, particularmente das famílias de mais baixa renda, com os preços do grupo Alimentação e bebidas acumulando alta de 11,96% em 12 meses.

A alta nos preços impactaram em muito a Cesta de Natal e as festas de fim de ano. Segundo recentes pesquisas, os preços de produtos básicos da ceia chegam a 13% de alta.

Os preços dos alimentos para consumo no domicílio subiram 0,78%, influenciados pelas altas da cebola (26,18%) e do tomate (19,73%), aponta o IBGE. Nos últimos três meses, as variações acumuladas desses dois produtos foram de 52,74% e 49,84%, respectivamente. Além disso, os preços do arroz (2,71%) e das carnes (0,92%) também subiram em dezembro, contribuindo para a alta do grupo.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em dezembro. Os maiores impactos vieram de Transportes (0,85%) e Alimentação e bebidas (0,69%). A maior variação, por sua vez, ficou com Vestuário (1,16%). Saúde e cuidados pessoais (0,40%) e Habitação (0,40%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,46% dos Artigos de residência e a alta de 0,39% de Despesas pessoais.

O grupo dos Transportes acelerou de novembro (0,49%) para dezembro (0,85%), principalmente devido à alta nos preços das passagens aéreas (0,47%) e dos preços dos combustíveis (1,79%). A gasolina (1,52%), em particular, contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês, 0,07 p.p., enquanto o etanol (5,44%) teve a maior variação entre os combustíveis pesquisados. Óleo diesel (-1,05%) e gás veicular (-1,33%) tiveram queda de preços em dezembro.

Além da comida, da luz, do gás de cozinha e dos transportes, se vestir também ficou mais caro para as famílias brasileiras. O grupo Vestuário apresentou a maior variação em 2022, fechando o ano com a maior alta acumulada (18,39%) entre os grupos. Com os salários arrochados, desemprego elevado e inadimplência recorde, comprar uma roupa nova está cada vez mais difícil. Todos os itens pesquisados tiveram alta no gupo vestuário. As maiores contribuições vieram das roupas femininas (1,54%) e masculinas (1,47%). O grupo teve alta em todos os meses de 2022.

No grupo Habitação, a principal contribuição veio da energia elétrica residencial (0,87%), com os reajustes tarifários autorizados pela Aneel. No grupo Saúde e cuidados pessoas, o destaque segue sendo o plano de saúde (1,21%), com os aumentos autorizados pelo governo e acumula no ano alta de 11,24%.

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(BL)