GT de Ciência e Tecnologia sugere reajuste das bolsas científicas
O grupo técnico de transição da área de Ciência e Tecnologia traz, em seu primeiro relatório entregue ao governo eleito, a sugestão para que os valores das bolsas científicas sejam reajustados.
O orçamento para as bolsas pagas aos pesquisadores pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) estão defasados desde 2013.
Em entrevista coletiva, o ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Sérgio Rezende, membro do GT, disse que o valor das bolsas não acompanhou a inflação do período em 40%, percentual que deve ser reposto.
O valor das bolsas do CNPq hoje fica entre 1500 e 2200 reais. O reajuste do orçamento do Conselho seria de R$ 560 milhões, com pelo menos R$ 400 milhões destinados para as bolsas, como indica a Folha de São Paulo.
Nesta semana, mais uma consequência da gestão nefasta de Bolsonaro atingiu os pesquisadores nacionais, com o MEC sem verba para pagar residentes e bolsistas da Capes.
Além da reposição, o grupo solicita a revogação da MP 1.136/2022, enviada há dois meses pelo governo Bolsonaro, que contingencia o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico até 2026.
Entre outras medidas, também consta no relatório:
- A retomada da empresa estratégica – CEITEC, sediada em Porto Alegre – a única empresa brasileira que projeta e fabrica chips – Ela está deficitária em R$20 milhões e esse governo resolveu liquidar a CEITEC.
- Revogar os atos de publicização do Ministério da Economia sobre o Centro de Biotecnologia da Amazônia e fazer com que faça parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
- Revogar portarias e decretos nos primeiros dias e reestruturação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
*Com informações Brasil do Futuro