Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A cada dia que passa a gravidade que se encontram os órgãos do governo federal é revelada. Uma nova informação, com base em um ofício do presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Eduardo Bim, traz que o órgão corre o risco de paralisar as suas atividades após o governo Bolsonaro bloquear R$ 90 milhões do orçamento do Ministério do Meio Ambiente.

O bloqueio se soma a outros que aconteceram em áreas como a saúde e educação e chegam a R$ 15,4 bilhões no total.

A situação calamitosa afeta o pagamento de despesas básicas do Ibama, como contas de água, luz, segurança e serviços terceirizados, assim como torna inviável atividades de campo e de fiscalização feitas pelos agentes.

Eduardo Bim avalia que será necessário adotar a prática de home office pelos funcionários como forma de que parte do trabalho continue.

No entanto, o sucateamento do órgão, que tem importante papel da fiscalização e combate ao desmatamento e garimpo ilegais, tem sido a prática do governo Bolsonaro. Inclusive, Eduardo Bim que remeteu o ofício ao Ministério do Meio Ambiente sobre o contingenciamento de verbas, realizou atos dentro da pasta que ampliaram a incidência de prescrição de multas ambientais e, com isso, 45 mil processos de multas ambientais podem prescrever, como denunciou o jornal Folha de São Paulo. Com isso, o órgão pode deixar de receber R$ 18,8 bilhões, ou seja, abriria mão de um dinheiro que esta faltando em benefício de infratores ambientais que se multiplicaram no governo atual reunidos sob o slogan de “passar a boiada”.

*Com informações de agências