Trabalhadores em greve exigem recomposição dos salários e rechaçam demissões (Twitter)

Cerca de 40.000 trabalhadores do transporte ferroviário da Inglaterra mantém a greve iniciada na terça-feira (13), depois que o maior sindicato do setor do país, o RMT, rejeitou uma proposta de aumento salarial de 9% em dois anos por considerá-la insuficiente, e estendeu o protesto até o próximo final de semana. A greve prossegue, nesta quinta-feira e também deve acontecer na sexta-feira (16).

Segundo o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês), com uma inflação descontrolada que superou os 11% em novembro, os salários caíram 2,7% entre agosto e outubro, apesar dos aumentos em alguns setores.

Um dos setores mais afetados tem sido a energia. Apesar do anúncio do congelamento dos preços da eletricidade, os valores dobraram em um ano.

O RMT realizou uma série de greves desde junho, depois que a gestora da maior rede de ferrovias da Grã-Bretanha, a Network Rail, ofereceu um insuficiente aumento salarial de 5% este ano, retroativo a janeiro, e um aumento de 4% em 2023, juntamente com uma garantia obrigatória de não perda de empregos até janeiro de 2025 que não tem base na realidade do setor.

Os trens funcionarão com serviço reduzido nas principais linhas intermunicipais e urbanas, sem serviço em grande parte da zona rural da Inglaterra, Escócia e País de Gales.

Além dos ferroviários, também entrarão em greve nos próximos dias os seguranças dos trens Eurostar com destino ao continente europeu, assim como os policiais de fronteira que controlam os passaportes nos aeroportos.

SETOR DE SAÚDE TAMBÉM DEVE PARAR

O setor de saúde também será afetado com os enfermeiros fazendo uma paralisação inédita, nesta quinta-feira (15) e, de novo, em 20 de dezembro. Deve se juntar ao protesto o pessoal que trabalha nas ambulâncias e funcionários administrativos.

Os enfermeiros reivindicam um aumento salarial de mais de 17% para compensar anos de carências, além de melhores condições de trabalho e estrutura.

Papiro

(BL)