Fim da distribuição gratuita de sacolas plásticas pelos supermercados, que passarão a ser cobradas, com objetivo de reduzir o excesso de plástico descartado no meio ambiente

Um dos fatores que contribuíram para o aumento da fome no Brasil, que explodiu no governo Bolsonaro, o preço da cesta básica voltou a subir na maior parte das capitais em novembro. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), através de sua pesquisa mensal, informou, na quarta-feira (7), que o preço dos alimentos subiu em 12 das 17 regiões pesquisadas.

Na comparação entre novembro de 2022 e novembro de 2021, todas as capitais tiveram alta de preço, com variações entre 5,06%, em Recife, e 16,54%, em Belo Horizonte.

Nem as medidas artificiais, às vésperas das eleições, impediram que os preços dos alimentos continuassem a subir e a pesar no orçamento das famílias. A prévia da inflação oficial de novembro, que será divulgada pelo IBGE no próximo dia 12, já apontou para alta do IPCA puxado por alimentos.

Em São Paulo, por exemplo, a alta de 2,69% no conjunto de alimentos na passagem de outubro para novembro levou a cesta a R$ 782,68, a mais cara do país. Em Porto Alegre, o valor foi de R$ 781,52; Florianópolis, R$ 776,14; Rio de Janeiro, R$ 749,25; e Campo Grande (R$ 738,53). Na comparação com novembro do ano passado, todas as capitais pesquisadas tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 5,06%, em Recife, e 16,54%, em Belo Horizonte.

“Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5%, referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, em novembro de 2022, 59,47% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, mais do que em outubro, quando precisou usar 58,78%. Em novembro de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 58,95%”, aponta o Iedi.

Isso sem somar os gastos com as contas básicas, como o gás de cozinha, que consome cerca de 10% do salário mínimo, as contas de luz e água, que juntos com as dívidas junto ao sistema financeiro levaram ao recorde de famílias inadimplentes no país em novembro, segundo a Confederação Nacional do Comércio.

De acordo com o levantamento do Dieese, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas, aos preços de hoje, deveria ser de R$ 6.575,30, ou 5,43 vezes o que é hoje. Em outubro, o valor necessário era de R$ 6.458,86 e correspondeu a 5,33 vezes o piso mínimo.

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(BL)