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Uma nova polêmica em torno do Twitter surgiu desde a sua aquisição por Elon Musk. Desta vez, diz respeito ao número de caracteres máximos que podem ser usados nas publicações da rede social. Conforme sugeriu o executivo ao responder a um usuário há poucos dias, a plataforma passará dos atuais 280 para 4 mil, o que descaracteriza a rede que, como o próprio nome e sua logomarca indicam, destina-se “pios”, ou postagens de mensagens rápidas que ficaram conhecidas por aqui como “tuítes”. 

A confirmação da alteração veio pela própria rede, após Musk responder a um usuário que perguntou se era verdade os rumores sobre o aumento no número de caracteres, ao que ele respondeu positivamente. Quando surgiu, em 2006, o Twitter tinha como limite 140 toques. Onze anos depois, em 2017, a rede passou a aceitar 280, uma forma de permitir que os usuários tivessem maior liberdade para expor suas opiniões sem perder muito tempo com a edição necessária para fazer caber no número estabelecido inicialmente. 

Pessoas que fazem parte da rede criticaram a medida agora anunciada justamente por mudar aquilo que sempre caracterizou a rede — os textos curtos e rápidos — e por torná-la mais parecida com o Facebook, que tem uma proposta diferente de interação e de programação algorítmica. 

A posição que vem sendo adotada por Musk, de defesa da liberdade de expressão sem nenhum tipo de filtro ou mediação que evite a propagação de discursos de ódio e fake news, tem sido comemorada principalmente por pessoas de extrema-direita, que fazem das redes um vale-tudo, sobretudo quando o foco é desmoralizar um adversário ou oponente (que elas enxergam como inimigo). 

Questionado via Twitter por um jornalista da Jovem Pan quanto à suspensão de contas de políticos da extrema-direita bolsonarista — como Carla Zambelli (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Adrilles Jorge (PTB-SP) — Musk respondeu que essa demanda estaria em sua “lista” e perguntou o quão isso seria urgente.