Modelo que seria comprado pelo Exército | Foto: Reprodução

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) suspendeu a compra, pelo Exército, de 98 blindados italianos que custariam R$ 5 bilhões.

Na decisão, o desembargador Wilson Alves de Souza aponta que é uma “evidente falta de bom senso” fazer esse tipo de compra no mesmo momento em que R$ 5,7 bilhões foram cortados de áreas como Saúde e Educação.

“Outra classificação não há quando ao mesmo tempo em que se faz cortes de verbas da educação e da saúde por falta de dinheiro, se pretende comprar armas em tempos de paz”, afirmou.

O governo Bolsonaro queria comprar 98 unidades do blindado Centauro II, da marca italiana Iveco-Oto-Melara. A compra de 900 milhões de euros, equivalente a aproximadamente R$ 5 bilhões, seria fechada na segunda-feira (5) com a entrega dos dois primeiros veículos dentro de seis meses.

O desembargador aponta que a aquisição “não atende aos pressupostos de conveniência e oportunidade, pois é evidente a falta de razoabilidade, desvio de finalidade, ilegalidade e até mesmo de elementar bom senso”.

Ao mesmo tempo em que tenta fazer uma compra bilionária de veículos de guerra, o governo Bolsonaro bloqueou mais R$ 5,7 bilhões do Orçamento que seriam usados em áreas fundamentais.

O Ministério da Educação perdeu R$ 1,68 bilhão, enquanto a Saúde perdeu R$ 1,65 bilhão. O Ministério da Ciência e Tecnologia, por sua vez, ficou sem R$ 450 milhões.

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(BL)