Cidades chinesas começam a flexibilizar medidas de combate à Covid
Com isso as determinações mais rígidas adotadas para a contenção da epidemia, que havia custado ao país de mais 1,4 bilhão de habitantes, apenas 5.235 mortes, uma vitória diante de um quadro tão devastador quanto desolador na maior parte dos demais países, onde o pior resultado foi nos Estados Unidos, até o momento, onde morreram mais de um milhão de pessoas, com uma média diária de 300 na última semana. Um resultado devastador para um país que conta com uma população de 332 milhões de habitantes. No Brasil, sob o desastre bolosonarista na saúde as perdas se aproximam dos 700 mil brasileiros.
A partir do último domingo (11), em Xangai, a terceira cidade mais populosa do mundo, com cerca de 28 milhões de moradores, não será mais necessária a apresentação dos resultados negativos do teste de ácido nucleico nos transportes públicos – como metrô, ônibus e balsas – dentro do município e nem ao entrar em locais ao ar livre, como parques e pontos turísticos.
Conforme o grupo de trabalho de prevenção e controle de epidemias da cidade, a administração continuará otimizando e ajustando as medidas conforme a evolução do quadro. Para o êxito da empreitada, frisaram, os residentes devem continuar mantendo o distanciamento social e outras medidas de proteção pessoal relevantes.
No entanto, técnicos e especialistas esclareceram que em espaços fechados, como restaurantes e shopping centers, supermercados, mercados, salões de beleza e locais de banho públicos, os resultados negativos obtidos em 48 horas ainda devem ser apresentados.
As medidas foram atenuadas, mas a atenção permanece redobrada, ressaltou a comissão de saúde local, já que o número de infecções em Xangai aumentou nas últimas semanas, com novas infecções registradas em um único dia chegando a 486 no sábado, incluindo 36 pacientes confirmados e 450 portadores assintomáticos.
Além de Xangai, várias cidades e regiões chinesas ajustaram as medidas de prevenção e controle da COVID, com ações de conscientização e mobilização envolvendo transporte, serviços médicos e testes, em alguns lugares já podem ser realizados em casa.
Em Shenzhen, província de Guangdong, no sul, os passageiros também não são mais obrigados a comprovar que estão em dia com o teste para utilizar o transporte. Entre outras localidades, Chongqing e Sichuan, no sudoeste, e Tianjin, no norte. Wuhan, na província de Hubei, no centro, também deixarão de verificar os resultados dos testes, que vinham sendo alvo de protestos da população.
Entre as medidas de flexibilização, a detecção de regiões com baixo risco de contaminação nas diversas cidades chinesas, onde a circulação se manterá mesmo com alguns casos de Covid apresentados. Neste sentido, a decisão do governo chinês, seguindo orientação do Partido Comunista da China (PCCh), não será mais aplicada automaticamente a mesma medida padrão para todos os casos, cada situação deverá ser estudada e acompanhada nas localidades e de acordo com os anseios da população por mobilidade.
Papiro
(BL)