São Paulo - Comércio com decoração de Natal na rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros.

Com os preços dos alimentos bem acima da inflação oficial – no ano, até novembro, acumula alta de 5,13% e em doze meses está em 5,90% – a tradicional Ceia de Natal está custando mais que o dobro do IPCA. De acordo com levantamento feito pela XP, o custo dos alimentos da cesta de Natal está 13% mais caro.

A empresa apontou também que os preços dos presentes, como roupas, subiram cerca de 21% e os de calçados e acessórios aumentaram 16,6%. As roupas infantis também tiveram alta expressiva: 13,6%.

Entre produtos encontrados nos pratos típicos nas festas de fim de ano, segundo o levantamento da XP, divulgado pelo Correio Braziliense, o bacalhau e o frango tiveram altas de 7,9% e 5,1%, respectivamente. O azeite ficou 6,7% mais caro em 2022.

A tradicional rabanada, à base de pão, surpreende com os aumentos nos ingredientes usados em sua preparação. Leite e derivados tiveram aumento de 26%, sendo que o leite in natura subiu quase 40%. O pão francês aumentou 18% e os ovos subiram 20%. Apenas o preço do açúcar caiu: -1.1%.

Em pesquisa sobre o preço de produtos da cesta de Natal, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) registrou um aumento de 10,79% na comparação entre a 2ª quadrissemana de dezembro de 2021 e a 2ª quadrissemana de dezembro de 2022, destacando produtos como o palmito inteiro (18,62%), o espaguete (17,56%) e o peru (16,48% o kg), considerando a variação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor).

O panetone de frutas cristalizadas, muito procurado nesta época do ano, está 11,73% mais caro.

Na pesquisa, a Fipe destacou outros produtos como itens de Natal, mas não entraram no cálculo da cesta, com aumentos expressivos, como o bacalhau, com alta de 9,04%, e a farofa e a uva que responderam pelas maiores variações no período: 37,03% e 32.07%, respectivamente.

Ainda que a inflação tenha reduzido nos últimos meses, depois de atingir níveis recordes durante o governo Bolsonaro, no acumulado deste ano, a inflação se mantém nas alturas em 13,53%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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(BL)