Cresce o número de ingleses que não fazem as três refeições diárias (Western Mall)

A alta inflacionária dos alimentos no Reino Unido atingiu o seu nível máximo dos últimos 45 anos, afetando com ainda maior intensidade a população de baixa renda, que passou a comer menos ou pular refeições, informou uma pesquisa do Escritório de Estatísticas Nacionais publicada nesta quinta-feira (22).

Conforme o estudo, 61% dos consumidores que vivem nas áreas mais carentes passaram a comprar menos comestíveis em comparação com o ano passado, contra 44% nas demais áreas, também penalizadas.

Diante das graves restrições alimentares impostas, crescem as preocupações de que a saúde da população seja gravemente afetada. Segundo a Food Standards Agency (FSA), 23% das pessoas pesquisadas afirmaram que reduziram ou simplesmente deixaram de realizar uma refeição por falta de dinheiro.

Com os reajustes crescentes, 81% dos entrevistados – quatro em cada cinco – manifestaram sua preocupação com o alto custo dos mantimentos durante o Natal e o Ano Novo, muito acima dos 62% registrados em 2021.

O preço de itens alimentares essenciais, como pão e cereais, registrou as variações mais significativas, subindo 1,9% e contribuindo para um aumento de 16,6% no ano até novembro de 2022.

A diferença da inflação anualizada comparando as compras efetuadas pelas famílias de baixa e alta renda foi a maior desde março de 2009, alcançando 10,5% para as famílias mais pobres contra 9,1% daquelas em melhor situação.

A pesquisa revelou ainda que os preços de alimentos e bebidas não alcoólicas aumentaram 16,5% no mês de outubro em relação a 2022, o maior aumento desde setembro de 1977, quando alcançou 17,6%.

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(BL)