Bolsonaro e Trump Agência Brasil

O presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) decidiu ir para o resort de luxo de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, para escapar do compromisso de entrega da faixa presidencial para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A informação é da colunista do UOL, Thaís Oyama.

Segundo ela, Bolsonaro disse a amigos que vai passar temporada no condomínio Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida (EUA). A propriedade é do ex-presidente dos Estados Unidos, ídolo de Bolsonaro, onde abriga o resort de luxo.

A viagem está programada para esta quarta-feira (28). Bolsonaro teria dito a amigos que “pretende descansar por 1 ou 2 meses” na Flórida. A reportagem não conseguiu confirmar se Bolsonaro ficará na propriedade de Trump ou em outra casa.

E também não há informações sobre quem vai acompanhá-lo nessa viagem ao exterior quando deveria estar no Brasil, para transferir ao vitorioso nas eleições a faixa presidencial.

A propósito, Bolsonaro abandou a Presidência da República dia 30 de outubro, quando o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) anunciou a vitória de Lula, em segundo turno.

A decisão indica que os aliados mais próximos dele não conseguiram convencê-lo a passar a faixa para Lula. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, amigos que exercem influência sobre ele têm procurado demonstrar que, no atual cenário de radicalização do país, cumprir essa obrigação do cargo pode soar como “ato de grandeza” da parte dele.

Todavia, Bolsonaro não tem grandeza. Exerceu a Presidência da República durante 4 anos de forma pequena. Beligerante, nunca teve grandeza ou altivez para compreender a relevância do cargo para o qual foi eleito em outubro de 2018.

Não tendo estatura esse tempo todo, não teria agora, depois da derrota. Ele foi o primeiro presidente da República derrotado no primeiro exercício do mandato, desde que o instituto da reeleição foi inserido no ordenamento jurídico brasileiro, por meio da EC (Emenda à Constituição) 16, promulgada em 4 de junho de 1997.

A propósito, a EC foi aprovada no penúltimo ano do primeiro mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso, inclusive com compra de votos no Congresso para aprovar a alteração constitucional.

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(BL)