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Sem avanço nas negociações, a greve dos aeronautas, que começou na segunda-feira (19), chega ao seu terceiro dia nesta quarta (21).

A categoria rejeitou a proposta de aumento salarial de 0,5%, considerada insatisfatória frente reivindicação de 5% e melhores condições de trabalho. De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Henrique Hacklaender, “fizemos o que precisa ser feito e vamos continuar fazendo. Vamos para um terceiro dia, para um quarto, para um quinto, quantos dias forem necessários”, disse o sindicalista, reafirmando que a greve é totalmente legal.

Hacklaender ressalta que o apoio à greve entre os aeronautas só vem crescendo e, inclusive, afirmou que chegar ao terceiro dia de paralisação é algo inédito na categoria: “O movimento vem ganhando força e só vai aumentar”.

Os aeronautas – categoria composta por pilotos, comissários, mecânicos de voos e comandantes – querem recomposição das perdas inflacionárias e ganho real dos salários, além de melhores condições de trabalho, como respeito pelas companhias aéreas ao descanso de pilotos e comissários.

Segundo o sindicato, não é justo que as empresas alegam não poder arcar com o reajuste pedido pela categoria, já que “os altos preços das passagens aéreas têm gerado crescentes lucros para as empresas”.

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) afirmou, em nota, no entanto, que as companhias estão com “dificuldades” em atender à reivindicação de aumento salarial de 5% devido ao aumento nos custos no QAV (querosene de aviação), além de não terem se recuperado do impacto provocado pela pandemia no setor.

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(BL)