Regime de Kiev ataca represa de Kherson com mísseis dos EUA
“As Forças Armadas da Ucrânia não estão desistindo de suas tentativas de destruir a barragem da usina hidrelétrica de Berislav-Kakhovka e criar as circunstâncias para um desastre humanitário“, observou o comunicado das autoridades da região em torno da cidade de Kherson, referindo-se a uma possível inundação que poderia ser decorrente da destruição da barragem que sustenta a represa ali localizada.
Forças ucranianas dispararam 6 mísseis fabricados nos EUA contra a represa hidrelétrica de Berislav-Kakhovka, no rio Dnieper, a infraestrutura principal da região de Kherson, no domingo (6), como informa o comunicado, registrando que uma das comportas da usina alimentada pela água de represa foi danificada.
Cinco dos seis mísseis disparados foram interceptados pelas defesas aéreas russas. Kherson e outros nove assentamentos da região ficaram sem luz devido ao ataque terrorista que também atingiu a linha de energia da usina.
“Como resultado do ataque terrorista na linha Berislav-Kakhovka, três postes de concreto armado de linhas de alta tensão foram danificados. Mais de dez assentamentos da região ficaram sem eletricidade”, disseram as autoridades locais.
Essa represa abastece de água a península da Crimeia, parte do território russo, região que o governo de Zelensky busca anexar, negando-se a aceitar a vontade das populações locais expressas por ampla maioria em referendos.
Nas últimas semanas, Moscou vinha denunciando que os militares ucranianos tentam repetidamente avançar sobre a barragem da hidrelétrica e que todos esses ataques foram repelidos. As autoridades russas já começaram a realocar civis da cidade e áreas na margem direita do Dnieper desde o mês passado para evitar um massacre que poderia resultar dos ataques com a consequente ruptura da barragem.
Como explicou o governador interino de Kherson, havia um perigo iminente de inundação nos territórios devido à destruição planejada da hidrelétrica de Berislav-Kakhovka pelas forças ucranianas em mais uma ação criminosa como outras que, cinicamente, afirmam ser cometidas pelas forças russas.
Na quinta-feira (3), o presidente russo, Vladimir Putin, disse que “aqueles que vivem em Kherson devem ser evacuados da zona de ação mais perigosa”. Ele anunciou que “a população civil não deve sofrer bombardeios, qualquer tipo de ofensiva e contra-ofensiva e outras atividades relacionadas a operações militares”.
O Pentágono anunciou na semana passada um novo repasse de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) para a Ucrânia, elevando o valor total do aporte bélico dos EUA para sustentar o regime de Zelensky desde janeiro de 2021 para US$ 18,9 bilhões (R$ 95,5 bilhões).
A região de Kherson foi oficialmente declarada parte da Rússia no início de outubro, juntamente com a região de Zaporozhia e as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, depois que as populações nesses territórios apoiaram a mudança em referendos.
A Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro, depois que as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk pediram ajuda para se defenderem de uma agressão ucranianas que se manteve por oito anos e estava se intensificando.
Em resposta à operação da Rússia, a Casa Branca, apoiada em países ocidentais que a ela se submeteram, lançaram uma ampla campanha de sanções contra Moscou e têm colocado uma profusão de armas à disposição do regime neonazista de Kiev.
Papiro (BL)