Para Putin e Xi Jinping bandeira da independência é parte integral do desenvolvimento conjunto (Ramil Stidkov/Kremlin)

A parceria comercial entre a Rússia e a China nos primeiros três trimestres de 2022 aumentou 33% em termos anuais e alcançou um recorde de US$ 153,938 bilhões (R$ 778,51 bilhões). Segundo o encarregado de negócios da China para a Rússia, Sun Weidong, os resultados promissores apontam que “a cooperação financeira, como os pagamentos em moedas nacionais, que estamos atualmente promovendo, facilitará a desdolarização global”.

Conforme a Administração Geral de Alfândegas da China, o país asiático exportou US$ 59,596 bilhões (R$ 301,39 bilhões) em mercadorias para a Rússia nestes três primeiros trimestres, superando em 12,8% os nove primeiros meses do ano passado, enquanto os transportes da Rússia para o parceiro aumentaram em 49,9%, totalizando US$ 94,342 bilhões (R$ 477,12 bilhões).

De acordo com os dirigentes russos e chineses, a meta é duplicar o comércio entre os dois países, com o objetivo de aumentar a parceria e superar os US$ 200 bilhões (R$ 1,01 trilhão) a partir de 2023.

Após dialogarem no mês de fevereiro em Pequim, os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, segundo o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov informou, o líder chinês colocou a nova meta de US$ 250 bilhões (R$ 1,26 trilhão) já ao final de 2024.

O fato, revelou encarregado de negócios da China para a Rússia, é que “a parceria econômica existente entre a China e a Rússia e o nível acumulado de comércio de longo prazo estabeleceram uma base firme para o aprofundamento da cooperação entre nossos países”.

Para Sun Weidong, tanto a Rússia quanto a China estão conscientes de que o aprofundamento da cooperação bilateral não é uma medida temporária, mas uma escolha estratégica baseada nos interesses fundamentais dos seus Estados e de seus povos. “China e Rússia invariavelmente levantam juntas a bandeira da independência, que é uma parte integral de seu desenvolvimento conjunto”, destacou.

Recentemente, a russa Gazprom anunciou que começaria a parcelar para os chineses em yuan e rublo pelo fornecimento de gás natural, enquanto o banco russo VTB afirmou que estava lançando transferências de dinheiro para a China em yuan.

Papiro (BL)