Onze bolsonaristas são presos por terror e arruaças nas estradas do Mato Grosso
A polícia prendeu 11 bolsonaristas no Mato Grosso, durante o dia, por promoverem badernas nas estradas e adotando práticas terroristas com ameaças e agressões em defesa de um golpe de Estado.
No Estado, os criminosos estão agindo violentamente e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu armas, munições e até dinamites.
A PRF afirmou que os bolsonaristas usaram explosivos para tentar derrubar a ponte do Rio Vermelho, em Diamantino, cerca de 180 km de Cuiabá.
Na terça-feira (22), foram registrados bloqueios em 18 rodovias federais no MS.
Esses atos estão acontecendo com o estímulo de Jair Bolsonaro e seu partido, o PL, que apresentou um relatório apontando uma suposta fraude nas eleições que deram a vitória para Lula. Especialistas apontam que não há qualquer indício de fraude.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os métodos dos apoiadores de Bolsonaro “lembraram os de terroristas”.
Em nota, a corporação afirma que foram encontradas “bombas caseiras feitas de garrafas com gasolina, rojões, óleo derramado intencionalmente na pista, ‘miguelitos’ [instrumento usado para furar pneu]), pedras, além de barricadas com pneus queimados, latões de lixo, e troncos de árvores cortados e jogados deliberadamente na pista”.
Os novos bloqueios estão sendo realizados “por baderneiros, homens encapuzados, extremamente violentos e coordenados”.
A PRF, que está atuando no desbloqueio das vias, aponta que a estrutura dos golpistas é robusta. Em um ponto, eles tinham banheiros químicos, comida em abundância e um contêiner.
Na BR 163, na região de Lucas do Rio Verde, os bolsonaristas, encapuzados, armados e carregando galões de gasolina, tocaram fogo em um guincho e em uma ambulância. Na mesma rodovia, no trecho entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), os criminosos renderam uma funcionária da empresa Via Brasil, que administra a estrada.
Os bolsonaristas quebraram carros, furaram pneus, desengataram carretas e incendiaram dois caminhões, além de terem agredido os motoristas. Os apoiadores de Bolsonaro davam tiros para o alto durante a ação.
Em Nova Mutum, a 242 km de Cuiabá, eles assaltaram uma borracharia para roubar pneus que seriam incendiados na BR-163. Para isso, ameaçaram uma mulher que estava no local.
Flagrados pela PM ateando fogo nos pneus, os golpistas trocaram tiros com os policiais e fugiram em uma Toyota Hilux. Na fuga, atiraram em outros policiais e tiraram a placa do carro em uma chácara. Os três criminosos foram presos. Dois têm 25 anos, enquanto o terceiro tem 28.
Eles vão responder por furto, disparo de arma de fogo, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, ameaça, crimes contra a paz pública, direção perigosa, bloquear via com veículo, além de outros crimes.
Na Rodovia Anhanguera (SP-330), na região de Campinas, os bolsonaristas fizeram um bloqueio durante a madrugada de terça para quarta-feira (23). Mais uma vez, eles danificaram caminhões. Mas a polícia os dispersou.
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(BL)