Grupo hostilizou a PRF | foto: Reprodução Twitter

A polícia prendeu seis bolsonaristas que atiraram contra a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para impedir a desobstrução da BR-163, no Pará, na quinta-feira (24).

O Ministério Público Federal (MPF) os acusa de terem cometido dez crimes, entre eles a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O MPF classificou como “criminoso e delirante” o pedido de um golpe de Estado que é feito pelos bolsonaristas desde o dia em que Lula foi eleito presidente pela terceira vez.

A Polícia Federal cumpriu 11 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação 163 Livre. O MPF ainda pediu a quebra dos sigilos telefônico e telemático de 14 lideranças dos atos golpistas.

Os mandados “têm como pressuposto a provável existência de associação criminosa” para atacar a democracia.

Na cidade de Novo Progresso, onde Jair Bolsonaro recebeu 83% dos votos no segundo turno, os golpistas bloquearam a BR-163 e não aceitavam liberá-la. Um vídeo gravado no dia 7 de novembro mostra os bolsonaristas atirando contra as viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) cujos agentes tentaram negociar.

Três viaturas foram perfuradas pelas balas. Os agentes também foram atacados com pedras, barras de ferro e pedaços de pau.

Na investigação, foi apurado, em mensagens de WhatsApp, que uma das lideranças queria que o movimento golpista derrubasse uma ponte na saída da cidade.

O MPF aponta que foram cometidos os crimes de tentativa de homicídio qualificado, constrangimento ilegal, dano, atentado contra a liberdade de trabalho, atentado contra a segurança de outro meio de transporte, associação criminosa, resistência, desobediência, desacato e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Para o Ministério Público, os bolsonaristas promoveram um “achincalhamento das instituições públicas”. A intenção do movimento é dar um golpe de Estado, continuou.

Jair Bolsonaro está tentando dar fôlego para os atos golpistas, que completarão um mês na próxima semana. Através do PL, seu partido, ele apresentou um relatório que diz que as eleições foram fraudadas.

As Forças Armadas e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que fiscalizam as eleições, não apontaram nenhum indício de fraude.

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(BL)