Imagem ilustrativa de 2018. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Os bloqueios ilegais realizados por bolsonaristas que não aceitam a realidade dos fatos, ou seja, do resultado das urnas, tem custado muito ao povo brasileiro. Os relatos sobre o impacto que os bloqueios causaram são trágicos.

Foi amplamente noticiado que um transplante de coração deixou de ser realizado, pois o órgão estava em Goiás e precisava ser trazido para São Paulo. Pessoas em tratamento médico ficaram presas nos bloqueios. A produção de vacinas e medicamentos também foi afetada. Alimentos perecíveis tiveram que ser descartados em um país em que mais de 30 milhões de pessoas passam fome. Tudo isso causado pela irresponsabilidade de quem bloqueia rodovias somada à inépcia no desbloqueio em tempo hábil por quem é responsável.

 Agora, o movimento perdeu força e está reduzido a pouquíssimas interdições parciais de algumas vias, de modo que não as bloqueiam totalmente.

No entanto, o estrago já foi feito em muitos setores, como aponta a Confederação Nacional do Comércio (CNC), que estimou uma perda de R$ 2 bilhões por dia para os comerciantes brasileiros.

É importante lembrar que muitos comerciantes que apoiaram as manifestações antidemocráticas agora sentem na pele o resultado de ações que, ao contrário do que se divulga, não são feitas “dentro das quatro linhas” e prejudicam a todos os brasileiros e brasileiras.

O jornal O Globo trouxe que o Ceasa de Porto Alegre deixou de receber 90% das mercadorias de outros estados. Em Santa Catarina, 18 toneladas de mandioquinha foram descartadas e 36 milhões de reais foram perdidos no setor de suínos e aves. Além disso, existem relatos de falta de combustíveis em todo o país.

Como já noticiado, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) emitiu um alerta sobre risco de desabastecimento e de desperdício de alimentos. Caso os bloqueios não tivessem cessado, seriam perdidos 500 mil litros de leite de uma única indústria por dia.

Saúde

A vida das pessoas também esteve em risco com os bloqueios. Em Santa Catarina, um dos estados que tiveram o maior número de bloqueios golpistas, a secretaria da Saúde informou que 47 cirurgias eletivas foram canceladas e crianças com câncer, que se dirigiam a sessões de quimioterapia, ficaram paradas nas estradas até provarem que tinham a doença. Em Taquara (RS), foi noticiado que ao menos cinco pacientes com câncer perderam atendimento por ficarem retidos na estrada, além de uma paciente ter deixado de fazer uma cirurgia oncológica.