As relações entre China-Cuba ganharam novos capítulos depois que os presidentes dos dois países se reuniram e firmaram acordos. Xi Jinping, o presidente chinês, recebeu na sexta-feira (25), em Pequim, o líder cubano Miguel Diaz-Canel.

Neste sábado (26), um dia após o encontro bilateral, Alejandro Gil, ministro da Economia e vice-primeiro-ministro de Cuba, anunciou os que a China doará US$ 100 milhões (R$ 541 milhões) à ilha caribenha, além de renegociar a dívida externa e retomar projetos de investimentos.

Segundo Gil, a doação chinesa terá fins humanitários, mediante “prioridades” estabelecidas pelo governo. Além do criminoso bloqueio dos Estados Unidos, a economia cuba – que depende, em boa medida, do turismo – foi duramente prejudicada pela pandemia de Covid-19. O governo chinês também vai concluir a construção de um projeto de energia eólica e solar, além de um terminal portuário flutuante.

Por fim, os dois países reorganizaram o pagamento da dívida de Havana a Pequim – condição dada pelos chineses China para intensificar os investimentos.  “Nosso presidente explicou a situação que enfrentamos, e houve compreensão da China”, disse Gil. “Estamos buscando fórmulas mutuamente aceitáveis para o planejamento e a reestruturação das dívidas.”

Além da China, o presidente Miguel Diaz-Canel visitou Rússia, Turquia e Argélia neste giro internacional. O diálogo com Pequim, no entanto, teve centralidade na agenda. “A China é o segundo maior parceiro comercial de Cuba, depois da Venezuela. Mas o comércio bilateral entre os dois países caiu de US$ 2 bilhões (R$ 10,8 bilhões) em 2017 para US$ 1,3 bilhão (R$ 7 bilhões) em 2021”, informou a agência DW.