Foto: Ricardo Stuckert

Uma série de lideranças históricas do PSDB e outras tantas ligadas ao partido ou aos seus governos estão apoiando o ex-presidente Lula (PT) contra Jair Bolsonaro (PL). A defesa da democracia, da reconstrução nacional e de políticas sociais após quatro anos de destruição do país tem sido um dos principais eixos das adesões, mais uma demonstração do êxito da formação de uma frente ampla contra a extrema-direita. 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é um dos mais simbólicos apoios dentre os tucanos. Nesta quarta-feira (5), FHC anunciou sua posição pelas redes sociais: “Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social. Voto em Luiz Inácio Lula da Silva”.

O ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati também declarou seu apoio, na segunda-feira (3): “Minha posição é Lula. Evidente que o partido tem que discutir alguns pontos com a equipe dele, mas o que está em jogo para nós é a democracia e a democracia acima disso tudo”. 

Na terça-feira (4), o ex-ministro José Serra e o ex-senador José Anibal também tornaram pública sua posição favorável ao petista. “Nos manifestamos em defesa da democracia, da diversidade cultural do nosso povo, do combate às desigualdades e contra o autoritarismo, a devastação ambiental, a intolerância e as permanentes ameaças as conquistas do povo brasileiro. Indicamos apoio ao candidato Lula”, destacou Aníbal em nota. 

Ex-integrantes dos governos FHC também declararam seu apoio a Lula, dentre eles o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e o ex-ministro Pedro Malan que, juntamente com Pérsio Arida e Edmar Bacha, é um dos criadores do Plano Real. 

Arida, que também presidiu o BNDES e o Banco Central, destacou ao O Globo que Bolsonaro é  “claramente uma ameaça à democracia brasileira” e que houve “imenso retrocesso civilizatório” em seu governo.

Somam-se a esse time de apoiadores o ex-ministro Pimenta da Veiga; o ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho e o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia. 

Os apoios de tucanos, aliás, já vêm sendo demonstrados antes mesmo do segundo turno. Encontro realizado no dia 27 de setembro reuniu diversas lideranças políticas, da sociedade civil e nomes de destaque de governos tucanos tais como o ex-senador Aloysio Nunes, a ex-secretária Claudia Costin e o economista André Lara Rezende.