Ministros do TSE | Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) terão que publicar e deixar no ar por dois dias a resposta de Lula sobre a acusação mentirosa de seu envolvimento no assassinato do ex-prefeito Celso Daniel.

O mesmo deve ocorrer com a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) e com a filial da Jovem Pan de Bauru, que terá que veicular a mensagem por quatro dias em seu canal no Youtube.

Mara Gabrilli fez a falsa acusação contra Lula em uma entrevista à rádio Jovem Pan, e o vídeo foi compartilhado pelos parlamentares bolsonaristas.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a exclusão das postagens no Twitter e no Youtube. Depois do Ministério Público se posicionar de maneira favorável ao direito de resposta a Lula, a ministra Maria Cláudia Bucchianeri, do TSE, determinou que Flávio Bolsonaro, Carla Zambelli, Mara Gabrilli e a Jovem Pan deverão veicular a mensagem de Lula.

A ministra disse que o direito de resposta deve ser concedido para candidatos “atingidos, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidos por qualquer veículo de comunicação social”.

O direito de resposta deverá ser no formato de vídeo, tendo no máximo 30 segundos.

A campanha de Jair Bolsonaro tem se utilizado das fake news de maneira sistemática contra Lula. Uma propaganda que acusava Lula de querer mudar a legislação para facilitar casos de aborto foi impedida de veicular por ser mentirosa.

A ministra Cármen Lúcia apontou que “a afirmação não corresponde a dados verídicos nem comprovados, não havendo comprovação de que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva tenha declarado, prometido ou apresentado projeto de governo no sentido de promover a alteração da lei que cuida do tema do aborto”.

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(BL)