Sessão de encerramento do 20º Congresso do Partido Comunista da China. (Xinhua/Pang Xinglei)

O presidente Xi Jinping foi reeleito secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), na primeira sessão plenária do comitê realizada neste domingo (23).

A eleição ocorreu um dia após a conclusão do 20º Congresso Nacional do Partido que avaliou o desenvolvimento social e econômico do país nos últimos cinco anos e estabeleceu os objetivos para o próximo período, além de ter sido palco da eleição dos membros do Comitê Central do partido (CC) e da Comissão Central de Inspeção Disciplinar, órgão responsável pelo combate a possíveis irregularidades e corrupção nas fileiras do partido.

“Trabalharemos com os povos de todos os outros países para defender os valores da Humanidade de paz, desenvolvimento, justiça, democracia e liberdade, para salvaguardar a paz global e promover o desenvolvimento global, continuar promovendo a construção de uma comunidade humana com um futuro compartilhado”, afirmou Xi ao se reunir com a imprensa no Grande Salão do Povo em Pequim no final da reunião do CC que o reelegeu.

“Devemos permanecer confiantes em nossa história, exibir maior iniciativa histórica e ter coragem para lutar e coragem para vencer. O Partido deve sempre agir pelo povo e confiar no povo na jornada à frente”, disse, enfatizando que o PCCh não será intimidado por ventos fortes, águas agitadas ou tempestades perigosas, pois o povo sempre estará junto e dará confiança.

“Acreditamos que todas as decisões e planos estabelecidos no Congresso e todos os seus resultados desempenharão um papel significativo na orientação e sustentação de nossos esforços para construir um país socialista moderno em todos os aspectos, promover o rejuvenescimento nacional em todas as frentes e garantir novas vitórias para o socialismo com características chinesas”, assinalou Xi.

O presidente chinês pediu ainda que o partido mantenha o foco para promover a união e liderança do povo chinês, com o objetivo de cumprir todas as metas estabelecidas no Congresso.

Além de Xi, o novo Comitê Permanente do Birô Político ficou composto por Wang Huning, diretor do Escritório de Pesquisa Política do Comitê Central do PCCh, e Zhao Leji, secretário da Comissão Disciplinar, que foram reeleitos, e os novos membros Ding Xuexiang, diretor do Escritório

Geral do PCCh, Cai Qi, Li Xi e Li Qiang, secretários do Partido em Pequim, Guangdong e Xangai, respectivamente.

O recém-eleito Comitê Central é composto também, entre outros, pelo primeiro-ministro Li Keqiang, pelo presidente do Congresso Nacional do Povo, Li Zhanshu; o presidente da Conferência Consultiva Política, Wang Yang; e o secretário do Partido em Xangai, Han Zheng.

A sessão, presidida por Xi, contou com a presença de 203 membros do 20º Comitê Central do PCCh eleitos no Congresso e 168 membros suplentes.

AVANÇOS DA CHINA NO ÚLTIMO PERÍODO

Durante o encontro testemunhou-se que na década anterior, além de eliminar a pobreza extrema, a China construiu uma melhoria geral na vida das pessoas.

A expectativa de vida média da China atingiu 78,2 anos, sua renda anual disponível per capita mais que duplicou, e mais de 13 milhões de empregos urbanos foram criados a cada ano, em média, nos últimos 10 anos, de acordo com o Relatório ao 20º Congresso Nacional do PCC.

A China, que construiu os maiores sistemas de educação, previdência social e saúde do mundo, fez avanços históricos ao tornar a educação universalmente disponível, trazendo 1,04 bilhão de pessoas sob a cobertura de seguro básico de velhice e garantindo seguro médico básico para 95% da população, segundo informações da CGTN (China Global Television Network).

Além disso, mais de 42 milhões de unidades habitacionais em áreas urbanas degradadas e mais de 24 milhões de casas rurais em mal estado foram reconstruídas, resultando em uma melhoria significativa das condições de moradia nessas áreas.

A modernização chinesa, um termo-chave que define a jornada da China para o rejuvenescimento nacional e outra palavra de ordem no relatório ao 20º Congresso, contém elementos comuns aos processos de modernização de todos os países. “Uma China próspera criará muito mais oportunidades para o mundo”, disse Xi a jornalistas no domingo. Ele

enfatizou que a China será firme no aprofundamento da reforma e abertura em todos os setores e na busca de um desenvolvimento de alta qualidade.

Dados do Departamento Nacional de Estatísticas mostraram que a contribuição média da China para o crescimento econômico global ultrapassou 30% durante o período 2013-2021, ocupando o primeiro lugar no mundo, e se tornando um importante parceiro comercial para mais de 140 países e regiões na última década, liderando o mundo em volume total de comércio de mercadorias.

Apesar da pandemia de COVID-19, a China continua sendo um estabilizador das cadeias globais de suprimentos industriais e uma força motriz da recuperação econômica global. Somente em 2021, o Produto Interno Bruto da China representou 18,5% da economia mundial.

Além disso, o processo de modernização do país não foi feito à custa do meio ambiente, tendo reduzido sua intensidade de emissão de carbono em 34,4% nos últimos 10 anos e se comprometendo a atingir o pico de emissões de CO2 antes de 2030 e alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060.

“Assim como a China não pode se desenvolver isolada do mundo, o mundo precisa da China para seu desenvolvimento”, concluiu Xi, reafirmando o compromisso da China de que abrirá mais suas portas para o resto do mundo.

Papiro
(BL)