Manifestação não é de representantes dos caminhoneiros
O deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, rebateu, nesta segunda-feira (31), os protestos de grupos de caminhoneiros que paralisaram estradas após a vitória de Lula na eleição deste domingo (30).
Logo após o resultado, ainda na noite de ontem, foram registrados bloqueios em estradas contra o resultado da eleição, que derrotou o candidato Bolsonaro. De acordo com Crispim, não existe qualquer manifestação organizada de caminhoneiros e o ato de fechar estradas pelo país é ideológico e não representa a categoria. “Esses atos que estão acontecendo desde ontem pelo Brasil não são pautas e essas pessoas não representam os caminhoneiros”, afirmou.
Crispim ainda fez questão de reiterar que as verdadeiras pautas dos caminhoneiros são as mesmas desde 2018 e contemplam o piso mínimo do frete, a mudança da política de preços da Petrobras, aposentadoria aos 25 anos de serviço e unificação dos documentos fiscais.
O presidente da Frente Parlamentar Mista ainda criticou Bolsonaro, dizendo que suas promessas para as eleições em 2018 não foram cumpridas. “Lá em 2018, o então candidato Bolsonaro fez promessas de que se fosse eleito iria resolver ou iria dar uma atenção para a pauta dos caminhoneiros, e na realidade nesses quatro anos ele não resolveu nada e está aí o resultado, de que ele não foi reeleito”, disse.
Crispim também afirmou que os responsáveis pelas paralisações que acontecem desde ontem nas estradas são “pessoas ideológicas de extrema-direita” e disse que a frente parlamentar dos caminhoneiros enviou um ofício para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) pedindo que o direito de trabalhar dos caminhoneiros seja garantido.
Por fim, Crispim afirmou que a Frente Parlamentar Mista reconheceu a vitória de Lula. “A categoria reconhece o resultado das eleições realizadas no dia de hoje (30) que é fruto da democracia, que inclusive essa categoria defendeu em 7 de setembro de 2021 quando as instituições e o Estado de Direito foram severamente atacados”.
Fonte: Página 8