Lula reúne multidão em Recife (PE) enquanto Bolsonaro tem ato vazio
Nesta sexta-feira (14), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de um grande ato que reuniu milhares de pessoas no centro de Recife, em Pernambuco. A passeata mostrou a força de Lula em seu estado natal, onde venceu Jair Bolsonaro (PL) com 65,27% dos votos válidos contra 29,91%.
O ex-presidente foi acompanhado no ato pela vice-governadora de Pernambuco Luciana Santos (PCdoB), de deputados federais, entre eles Renildo Calheiros (PCdoB), da candidata ao governo do estado Marília Arraes (Solidariedade) e do prefeito de Recife, João Campos (PSB), entre outras lideranças, demonstrando a unidade em torno das candidaturas de Lula e Marília.
O grande ato promovido pela Coligação Brasil da Esperança contrasta com o comício esvaziado que Bolsonaro realizou na quinta-feira (13) também em Recife. Lula não perdeu a oportunidade, chamou o ato de Bolsonaro de “mixuruca” e falou em enviar uma foto da multidão que se reuniu para apoiá-lo: “A gente vai fazer uma foto e mandar para o Bolsonaro ver como é que se junta gente”.
O candidato do PT pediu para a sua militância do estado, assim como tem feito em diversos comícios pelo país, para que se atente contra as fake news nessa reta final de 2º turno. Também falou para que não caiam em provocação, como forma de evitar atos de violência que tem se espalhado pelo país por conta de política.
“Não entrem em provocação. A nossa vingança é a nossa resistência. A nossa vingança virá no voto no dia 30 de outubro”, disse Lula.
Combate à fome
Em sua fala, Lula mostrou sua indignação com a fome: “O problema não é falta de dinheiro ou falta de produto, o problema é a falta de vergonha de quem governa o país”.
De acordo com o ex-presidente, não existe explicação para o Brasil ser o terceiro maior produtor de alimentos e o maior produtor de carne do mundo e as pessoas estarem comprando restos de alimentos em açougues e revirando caminhões de lixo em busca de alimento.
Crédito para o povo
Contrário a ideia de privatizações que o ministro da economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, tanto fala, Lula falou que não pretende privatizar nenhum banco público, sendo que o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o BNDES deverão ser utilizados para alavancar o crédito e financiamentos, caso eleito.
“Vamos criar uma política de crédito especial para o pequeno e médio empreendedor. Quem quiser ter um empreendimento, quem quiser vender alguma coisa, quem quiser fabricar alguma coisa, nós vamos ter uma linha de crédito para financiar a criatividade da mulher e do homem brasileiro e vamos estimular a economia criativa com crédito especial”, finalizou.