Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara

Embora o PL de Jair Bolsonaro tenha saído com a maior bancada eleita para a Câmara dos Deputados no pleito realizado neste domingo (2), também houve crescimento da esquerda. A correlação de forças na Casa — analisando sobretudo o centrão e a atual oposição — deve ficar praticamente inalterada a partir de 2023, em comparação com a legislatura vigente.

Ao todo, o partido que abriga o atual presidente fez, até agora,  98 deputados, 22 a mais do que tem hoje, figurando como primeira força da Casa. A Federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV, vem na segunda posição em número de cadeiras, com 80, 12 a mais do que tem atualmente. Na FE Brasil, o PT, que tem 56, fez 68.  O PCdoB, que tinha oito, fez seis até o momento e o PV saiu de quatro para seis. 

Também no âmbito da esquerda, a federação PSol-Rede elegeu quatro deputados a mais, chegando a 14: o PSol fez 12, quatro mais do que tem atualmente, e a Rede mantém dois. Por outro lado, o PSB sai de 23 para 17 e o PDT vai de 19 para 17.

A terceira maior bancada pertence ao União Brasil, que saiu de 52 para 57. O PP, partido tradicional da direta, caiu de 57 para 47. O MDB, por sua vez, saiu de 37 para 42 e o PSD, que tem 46, ficará com 40. Outro partido de direita que teve queda foi o Republicanos, que conta com 43 e passará a ter 39. O PSDB, por sua vez, amargou a maior redução: saiu de 23 para 13 deputados, pior resultado desde 1998.

Senado
No caso do Senado, partidos que ocupam o espectro mais à direita e ao centro obtiveram o maior número de cadeiras. Pela ordem dos que mais registraram crescimento, o PL dobrou, passando de sete para 14 cadeiras na próxima legislatura. União Brasil vem na sequência, saindo de oito para 11 e o PSD se manteve com 11. Já o MDB saiu de 13 para dez. 

O PT conquistou uma cadeira a mais, saindo de oito para nove. E o Podemos, que tem oito, passará a ter seis. O PP também perdeu duas vagas, de oito para seis, assim como o PSDB, que saiu de seis para quatro. O PDT manteve sua bancada, com três, e o Republicanos passou de um para três. 

O quadro ainda pode mudar no Congresso com a finalização dos dados e, sobretudo, se for efetivada a fusão entre a União Brasil e PP, aventada pelas legendas.