China investe em ciência e moderniza produção de algodão em Xinjiang
O investimento em pesquisa, ciência e tecnologia possibilitou que o governo chinês já esteja utilizando gigantescas colheitadeiras na safra de milhões de hectares de algodão na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste do país, fazendo com que a produção apareça como um “mar branco de flores”. A iniciativa potencializa a capacidade do processo produtivo em até cinco vezes e reduz significativamente a intensidade do trabalho, reconhecido pela sua complexidade e dureza.
“Em 2022, todo o algodão da minha casa é coletado por máquina e espera-se que a colheita seja concluída em quatro dias. A colheita do algodão com máquina reduz nossos custos e melhora a eficiência. Estamos felizes com isso”, afirmou Chen Por Xu Yelu, agricultor que é um dos símbolos da modernização e que teve o seu plantio transmitido ao vivo na quarta-feira (12) para centenas de milhares de internautas.
Para permitir que mais pessoas aprendam sobre o processo de colheita mecanizada de algodão nas cinco maiores áreas de cultivo de algodão de Xinjiang, centenas de meios de comunicação divulgaram como a melhoria do processo produtivo na região tem impactado positivamente nas condições de vida e de trabalho.
“Tecnologia de semeadura de precisão”
Conforme informado pela mídia local, a área de manejo per capita do algodão colhido à máquina atingiu mais de 200 mu (13,3 hectares), com a eficiência do manejo sendo de três a cinco vezes maior do que a do colhido a dedo. “Plantei mais de 1.000 mu de algodão este ano, com rendimento de cerca de 400 quilos por mu. Desde a temporada de primavera, adotamos a tecnologia de semeadura de precisão guiada pelo BeiDou Satellite. Agora, o erro vertical da linha de semeadura é realmente pequeno, o que garante que o colhedor de algodão possa ser usado para a colheita”, esclareceu Chen Por Xu Yelu.
As observações do produtor rural foram uma resposta contundente às mentiras do chamado “trabalho forçado em Xinjiang”, reproduzidos à exaustão pela propaganda da mídia ocidental. Vários internautas aplaudiram o que identificaram como vistas da “modernização agrícola”, dizendo que estavam assistindo ao plantio de roupas novas. Outros fizeram piadas e declararam que talvez a Embaixada dos EUA tuite que a China está forçando as máquinas a funcionar.
De acordo com o apresentador, Chen Ting, que está auxiliando na venda de produtos de algodão em plataformas de transmissão ao vivo, algumas das melhores mercadorias são as colchas escolhidas a dedo, que possuem fortes níveis de aconchego, conforto e permeabilidade ao ar, além de produtos culturais e criativos, como buquês. “Como praticante de novas mídias e natural da Prefeitura Autônoma da Mongólia de Bortala, é um prazer usar meu próprio tráfego para divulgar nossos produtos de alta qualidade”, relatou.
Vários internautas e analistas chineses afirmaram que a transmissão ao vivo mais ampla do plantio de algodão na região de Xinjiang é uma síntese da industrialização da agricultura na região e também um tapa na cara daqueles que estão mentindo. Jovens da Bazhou Jifei Agricultural Aviation Technology Co, nascidos na década de 1990, fizeram suas próprias contribuições para a geração de renda do algodão este ano. No início de 2021, a empresa lançou o projeto “super campo de algodão” em 3.000 mu de terras agrícolas de alto padrão no condado de Yuli, Prefeitura Autônoma da Mongólia de Bayingolin.
Robótica e alta tecnologia
Ai Haipeng e Ling Lei, os dois gerentes do projeto, usaram o sistema de navegação BeiDou para construir uma plataforma digital de serviços agrícolas e instalaram dispositivos como sensores de solo, estações meteorológicas e registradores próximos aos campos de algodão, permitindo que eles gerenciem remotamente tudo de casa. Agora, graças à ajuda da robótica, inteligência artificial e outros métodos de alta tecnologia, o cultivo do algodão tornou-se mais fácil e rápido. “Atualmente, nosso rendimento de algodão é de cerca de 457 quilos por mu em média, um aumento de mais de 200 quilos em relação a 2021. Nossos drones podem entregar 1.000 mu de remédios por dia, o que está além do alcance dos humanos”, assinalou Ai, acrescentando que a expectativa é “usar a colheita do nosso superalgodão, com algodão branco, para atender o 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China”.
Na avaliação de Ai, a tecnologia agrícola inteligente, que economiza água, fertilizantes e outros insumos, pode reduzir o uso de materiais de produção agrícola e diminuir ainda mais o custo de água e eletricidade.
Produtores que vendem seu próprio algodão disseram ao Global Times que receberam mais pedidos este ano do que o normal. “Compramos as melhores máquinas de processamento de acordo com as necessidades de clientes nacionais e
internacionais para atender às necessidades de têxteis-lar, roupas e outros produtos”, apontou um diretor de fábrica do condado de Bachu, província de Kashi. Para os moradores de Xinjiang, o algodão é a flor da felicidade e da riqueza.
Como muitos internautas divulgaram, os fatos falam mais alto que as palavras. As técnicas científicas usadas para colher algodão em Xinjiang revelaram que as alegações de “trabalho forçado” são pálidas e infundadas. Espera-se que as máquinas produzam mais de 80% da colheita de Xinjiang este ano, disseram as autoridades locais.
Atualmente, mais de 7.000 colhedoras de algodão foram colocadas em uso durante a época de colheita em Xinjiang, informou o Departamento Regional de Agricultura e Assuntos Rurais, frisando que o aumento do nível tecnológico proporciono um crescimento ainda maior do que a colheita do ano passado. A indústria algodoeira e têxtil é um dos pilares da região. A produção de algodão em Xinjiang foi elevada em 5,13 milhões de toneladas em 2021, representando 89,5% do total do país.
Papiro
(BL)