Bolsonaro | Foto: reprodução/Youtube

Jair Bolsonaro voltou a falar mentiras sobre as urnas eletrônicas e não explicou porque não permitiu que as Forças Armadas divulgassem resultado de sua auditoria do primeiro turno das eleições.

Na segunda-feira (17), ele usou a Polícia Federal para atacar o sistema eletrônico de votação. Ele alega agora que os equipamentos são ultrapassados e antigos, “geração do final dos anos 1990”. Mas nenhuma prova de falha ele mostra.

“Olha, diz a Polícia Federal que as urnas são inauditáveis. Não existe sistema eletrônico que seja perfeitamente blindado. Se nunca teve, vai chegar a hora. O que a gente sempre busca é dar mais uma camada de transparência. É isso que nós lutamos no passado”, disse. Ele não quer dar mais transparência. Ele afirma que houve fraude nas urnas sem apresentar nenhuma prova.

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (FENADEPOL) já rebateram essa fala de Bolsonaro. Em nota conjunta em julho estas entidades refutaram os ataques de Jair Bolsonaro contra as urnas eletrônicas e manifestaram “total confiança no sistema eleitoral brasileiro”. Segundo elas, a PF já realizou diversas perícias e “nenhum indício de ilicitude foi comprovado”.

Jair Bolsonaro já divulgou, sem apresentar uma prova sequer, que as eleições de 2014 e de 2018 foram fraudadas.

Ele chegou a publicar um inquérito sigiloso sobre uma invasão hacker nos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e falou que isso teria interferido nos resultados eleitorais. Todos os especialistas e investigadores disseram que não há qualquer indício de que isso seja verdade.

Bolsonaro também falou que não dá “palpite” no trabalho que pressionou para que as Forças Armadas fizessem uma auditoria nas eleições. Depois de exigir delas a auditoria, não permitiu que o resultado fosse divulgado porque não foram encontrados indícios de fraude.

Jair não comentou o caso, mas se aproveitou das Forças Armadas para continuar o ataque contra as urnas eletrônicas. “Eu não dou palpite. As Forças Armadas têm uma equipe enorme lá no comando de defesa cibernética, que trabalham nessa questão. E todos são unânimes em dizer que não existe sistema impenetrável, sistema inviolável”.

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(BL)