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Lideranças de caminhoneiros se manifestaram nesta segunda-feira (31) contra o movimento de grupos de caminhoneiros bolsonaristas, que fecharam rodovias após a vitória de Lula sobre Bolsonaro para a Presidência neste domingo (30).

Wallace Landim (Chorão), presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), condenou os bloqueios e afirmou em suas redes sociais que não está participando desse ato.

“Eu jamais vou organizar um ato contra a democracia”. “Isso é coisa pequena, de parte dos caminhoneiros que apoiam Bolsonaro e são intervencionistas. Pessoal da extrema-direita que já vinha ameaçando”, afirmou em vídeo. “É só ver onde estão bloqueando – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso. São estados que dão votação massiva para Bolsonaro”, disse.

Landim diz ainda que podemos estar diante de um ato que está sendo gestado por patrões, o chamado locaute. “Os caminhões que aparecem nas imagens, na maioria, são novos, o que aumenta a suspeita [de participação das transportadoras]”, destaca. “Outro ponto é que em Santa Catarina, onde está maior o movimento, o ponto de organização é na maioria das vezes em frente à Havan”, afirmou, referindo-se à empresa de Luciano Hang, apoiador de Bolsonaro.

“Pessoal, não é o momento de parar esse país (…). Vamos ter responsabilidade e lutar sempre. Mas pelo nosso segmento, pelo nosso país. Então, vamos aceitar. Isso é a democracia”, afirma em um dos trechos do vídeo.

No vídeo, Chorão parabenizou Lula pela vitória nas urnas e fala em prejuízos para a economia em decorrência da paralisação. “A gente precisa, referente à categoria, ter um alinhamento com o próximo governo (…). Vai prejudicar muito a economia desse país. Precisamos ter reconhecimento da democracia, da vitória do presidente.”

Fonte: Página 8