Apoio à democracia é recorde no Brasil; apenas 5% preferem a ditadura
O apoio dos brasileiros à democracia – que já vinha crescendo ao longo (e apesar) do governo Jair Bolsonaro (PL) – alcançou um patamar recorde. Conforme pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (20), a dez dias do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, 79% preferem o regime democrático a uma ditadura.
Na pesquisa anterior, feita em agosto, a adesão à democracia era de 75%. Isso quer dizer que, durante a campanha eleitoral, os arroubos autoritários de Bolsonaro pegaram mal junto à opinião pública, que se tornou ainda mais democrática.
Em contrapartida, o apoio à ditadura minguou de 7% para 5% desde agosto. Nunca o regime ditatorial havia registrado tão pouca simpatia no Brasil. Entre os eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apenas 3% preferem a ditadura à democracia. Já entre os bolsonaristas, o índice de adesão sobre a 7%.
Há 11% de brasileiros que se declaram indiferentes ao tipo de regime em vigência. A pesquisa Datafolha ouviu 2.912 eleitores, de segunda (17) a quarta-feira (19), em 181 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Atualmente, o Brasil vive o mais longevo ciclo democrático de sua história. A chamada Nova República – que sucedeu o regime militar (1964-1985) – completou 37 anos em 2022.