"Parem a guerra com a Rússia e Abram o Nord Stream 2" , diz cartaz na cidade de Schwerin (DPA)

Manifestantes contra as sanções à Rússia, contra o envio de armas ao regime de Kiev e denunciando a acelerada alta no custo de vida (em grande parte devido a elas) tomaram as ruas de 15 cidades no Estado da Pomerânia Ocidentalnesta segunda-feira (10)

As maiores manifestações aconteceram nas cidades de Schwerin e Nova Brandenburg.

“Schwerin não se cala” é o nome do movimento criado na cidade. A entidade esteve presente no ato do dia 10 com cartazes exigindo “Parem a guerra com a Rússia” e “Abram o gasoduto Nord Stream 2” (referência ao fato do governo alemão ter desautorizado a abertura do gasoduto que acaba de ser construído e que levaria o gás da Rússia para amplificar o abastecimento da Alemanha).

Também houve manifestação em Magdeburgo, cidade da Saxônia Anhalt, na qual foi denunciado que governo mente para encobrir dimensão da crise de escassez do gás, ao tempo em que esconde a dramática situação alemã pretextando que as sanções trariam benefícios: “Parem o vertiginoso aumento do preço do gás a pretexto de busca da paz, liberdade e prosperidade”.

Sentindo o drama do corte no suprimento do gás russo no momento em que um inverno rigoroso se aproxima, os alemães marcharam ainda na Turíngia e Saxônia.

PARIS, ROMA, VIENA E PRAGA

Condenação à submissão de Emmanuel Macron a uma guerra e a sanções que estão sangrando a economia francesa levou milhares às ruas de Paris.

No centro de Roma, a Confederação Geral do Trabalho italiana encabeçou marcha contra a disparada do custo de vida, da inflação e das tarifas de energia, e elevou o tom com slogans antifascistas e pacifistas.

Em Viena, os austríacos ergueram cartazes para reivindicar diálogo com Moscou: “Fim do apoio aos belicistas: UE, Otan, EUA”, “Pela neutralidade, saída da Áustria da UE, amizade com a Rússia”, “Reduzir os preços da gasolina, eletricidade, gás, alimentos, não a sanções, impostos altos, inflação”.

Na Praça Venceslau, no centro de Praga, os tchecos se uniram para responsabilizar o governo pela drástica queda no padrão de vida da população. Dados publicados pelo Serviço de Estatística da República Checa apontam que os preços ao consumidor subiram 15,8% tão somente no segundo trimestre do ano.

No comício, o presidente da Confederação Tcheca-Morávia de Sindicatos, Josef Stredula, que “ainda estamos convencidos de que o governo não está fazendo o suficiente, que está agindo devagar,”.

A presidente do principal sindicato de saúde e assistência social, Dagmar Zitnikova, pediu um teto de preços nos setores de alimentos e energia.

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