“Salários de miséria” serão enfrentados com mais greves, diz central inglesa
Depois das paralisações que reuniram desde portuários a ferroviários e funcionários dos correios ingleses, outros milhares devem entrar em greve nos próximos meses contra os cortes que reduzem a renda dos trabalhadores a “salários de miséria”.
A secretária-geral da central sindical Unite, Sharon Graham, disse que são generalizados os cortes, uma vez que as reposições propostas pelos patrões não cobrem as perdas salariais com a inflação.
Em encontro realizado este final de semana, a líder sindical enfatizou que os trabalhdores ingleses não mais estão dispostos a aceitar a “elevação dos lucros” partonais enquanto recebem “salários de miséria”.
“As duas palavras que sintetizam o clima que tem levado a diversas greves pelo país são cortes salariais”, acrescentou Sharon.
“Devem haver centenas de disputas envolvendo milhares de trabalhadores nos próximos meses se os patrões continuarem a oferecer cortes nos salários – com reajustes abaixo da inflação – dizendo que estão oferecendo aumentos”, enfatizou.
“Os patrões podem não querer pagar salários justos, mas vão pagar na medida que a central Unite organizar a luta”, disse Sharon ao convocar os líderes sindicais das diversas categorias a organizarem a resistência das categorias.
Entre os setores que estão se organizando para parar nos meses que se seguem estão – além de novas paradas entre os ferroviários, portuários e funcionários dos correios– os motoristas de ônibus, os professores universitários e os enfermeiros que devem entrar em greve até o final de setembro.
A secretária-geral da Unite contratou economistas para averiguar os lucros das empresas que dizem não poder repor as perdas salariais e conclui que “devido aos cortes salariais, ainda que as vendas tenham caído no período da pandemia, as margens de lucro para as maiores empresas cresceram em média 73% em 2021, em relação aos níveis de 2019.
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Papiro