Rússia e Cuba condenam na ONU ‘sanções unilaterais’ dos EUA
Os ministros das Relações Exteriores da Rússia e de Cuba, Sergey Lavrov e Bruno Rodríguez, condenaram as sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos e pelos integrantes da União Europeia, à margem da legalidade internacional construída através da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Ambos os países enfatizaram que é inaceitável, de forma alguma, que sanções unilaterais sejam usadas”, enfatizou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.
O chanceler Bruno Rodríguez também reiterou a solidariedade de Cuba com o povo russo em defesa da paz e da segurança mundial, em um momento que os EUA e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) mobilizam toda sua estrutura tecnológica e militar para converterem a Ucrânia em um estado vassalo aos seus interesses. Na recente troca de prisioneiros entre Moscou e Kiev ficou comprovado o uso de mercenários estadunidenses, ingleses e de outras nacionalidades pelo exército ucraniano e pelos neonazistas armados.
De forma categórica, o chefe da diplomacia russa voltou a defender que o governo dos Estados Unidos levante imediatamente o criminoso bloqueio erguido contra Cuba. Reiteradamente, o governo norte-americano tem se utilizado de sanções unilaterais a países que discordam de suas políticas.
Em recente discurso na 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU, Lavrov denunciou que, após patrocinarem a deposição de um governo legítimo em 2014, os Estados Unidos e seus satélites garantiram “impunidade” a um regime que se tornou “um Estado nazista totalitário”. “A atual crise na Ucrânia foi provocada pelo Ocidente, que além de apoiar o golpe, seguiu encobrindo sistematicamente os crimes do governo de Kiev”, assinalou.
Por sua vez, o chanceler Bruno Rodríguez defendeu na ONU a “unidade dentro da diversidade”, alertando que a postura estadunidense faz com que as relações internacionais estejam “em um caminho muito perigoso”. “A ofensiva norte-americana visa subjugar os Estados por meio de ameaças e coerções econômicas, militares, políticas e diplomáticas, para submetê-los a uma ordem baseada em suas caprichosas regras”, sublinhou.
O fato é que os EUA e seus satélites nada fizeram após o golpe sangrento de Kiev em fevereiro de 2014, nem em maio de 2014, quando dezenas de moradores de Odessa foram queimados vivos no prédio dos sindicatos da cidade por neonazistas, nem quando houve o bombardeio à cidade de Luhansk em 2 de junho do mesmo ano, nem após outros massacres semelhantes.
Papiro