Pesquisa Ipec mostra que Lula cresce em segmentos mais numerosos da população
A mais recente pesquisa do Ipec, divulgada na noite desta segunda-feira (19), reafirma a preferência pelo ex-presidente Lula (PT) em segmentos numerosos da população, dentre os quais figuram os que mais têm sofrido com o descaso do governo de Jair Bolsonaro (PL). Além de mostrar um quadro positivo para o petista e de estagnação do atual presidente, o levantamento aponta que Lula continua tendo melhores resultados entre os mais pobres, com ensino fundamental, entre pretos, pardos e mulheres e entre os que recebem auxílio governamental.
Segundo a pesquisa, no plano geral, Lula cresceu um ponto em relação à aferição anterior (12/9), ficando com 47% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro segue na casa dos 31%. Considerando apenas os votos válidos, o petista vai a 52%, enquanto Bolsonaro fica com 34%. Num eventual segundo turno, o resultado ficaria em 54% para Lula contra 35% de Bolsonaro.
A preferência pelo ex-presidente salta para 58% entre as famílias com renda mensal de um salário mínimo — antes era 55%. Estes mesmos índices se repetem quando o público é o de pessoas com ensino fundamental.
Entre pretos e pardos, também houve crescimento de Lula, que passou de 52% para 50%, assim como entre os eleitores do Nordeste, onde ele passou de 61% para 63%.
Nos lares com ao menos um beneficiário de auxílio federal, o índice é igual ao da pesquisa anterior: 55%. Quando o recorte é por religião, Lula tem a preferência da maioria dos católicos, 53%, crescimento de um ponto com relação ao Ipec do dia 12. Entre as mulheres, Lula também teve crescimento, saindo de 48% para 50%
Lula ainda é o favorito entre os que avaliam negativamente a gestão de Bolsonaro, com índice que saiu de 76% antes para 78% agora. Além disso, o petista passou a ter melhor desempenho entre os eleitores que vivem em municípios com até 50 mil habitantes: 53%.
Ao analisar alguns desses dados na Globo News, o sociólogo Mauro Paulino comentou: “Esta é a terceira pesquisa Ipec que mostra uma ascensão de Lula, mesmo que dentro da margem de erro. E a gente observa esse mesmo movimento em diversos segmentos mais numerosos: entre homens, mulheres, renda mais baixa, intermediária, entre católicos…os diversos segmentos mostram uma ascensão de Lula e estabilidade de Bolsonaro”.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-00073/2022 e ouviu 3.008 pessoas entre os dias 17 e 18 de setembro em 181 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.