Mulheres, nordestinos, pretos e pardos garantem vantagem de Lula
A nova rodada da pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (22), mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com mais chance de vencer a eleição 2022 já no primeiro turno. Lula tem, hoje, pouco mais do que 50% dos votos válidos.
O petista está com 47% dos votos totais, dois pontos percentuais acima de sua taxa anterior, registrada na semana passada. Seus adversários somam, agora, 46%, sendo 33% do presidente Jair Bolsonaro (PL), 7% do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), 5% da senadora Simone Tebet (MDB) e 1% da também senadora Soraya Thronicke (União Brasil). Os demais presidenciáveis não pontuaram.
Recortes da pesquisa revelam que, a dez dias das eleições, muitos segmentos apresentam tendências incontornáveis. É quase certo, por exemplo, que Lula será muito mais votado entre as mulheres do que Bolsonaro. O ex-presidente tem 49% dos votos do eleitorado feminino (eram 46% na semana passada). Bolsonaro segue com parcos 29%. Entre os homens, embora a distância seja menor, Lula ainda lidera: 44% a 38%.
Outro segmento em que a vitória de Lula já está escrita é entre os eleitores do Nordeste. Em uma semana, o ex-presidente saltou de 59% na região para 62%, enquanto Bolsonaro oscilou de 22% para 24%. No Sudeste, porém, a vantagem de Lula foi reduzida de nove para cinco pontos percentuais. Há empate técnico nas demais regiões.
Lula abriu ainda mais dianteira sobre Bolsonaro entre os eleitores que recebem até dois salários mínimos. Ele vencia por 52% a 27% na semana passada. Agora, tem 57% a 24%. Bolsonaro, em contrapartida, cresceu e é líder nas demais faixas de renda (entre quem ganha de dois a cinco salários mínimos; entre quem ganha de cinco a dez; e entre quem ganha mais de dez).
A disputa no eleitorado que se declara branco está embolada: 40% para Lula, 39% para Bolsonaro. Mas o petista tem larga vantagem entre pardos (48% a 32%) e pretos (55% a 25%). No recorte por religião, Bolsonaro lidera entre os evangélicos (50% a 32%), e Lula, entre católicos (53% a 28%). O Datafolha projeta que 56% do eleitorado é católico e 27%, evangélico.