A semana que encerra a campanha eleitoral de 2022 – ao menos o primeiro turno – começa com uma boa notícia para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nova rodada da pesquisa FSB, contratada pelo BTG Pactual e divulgada nesta segunda-feira (26), mostra Lula com dez pontos de vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas intenções de voto.

A seis dias da votação, o petista tem 45%, um ponto acima do que registrou na pesquisa anterior, de 19 de setembro. Já Bolsonaro estagnou em 35%. O ex-ministro Ciro Gomes caiu de 9% para 7%, enquanto a senadora Simone Tebet (MDB) regrediu de 6% a 4%. O cientista político Felipe D’Avila (Novo) e a senadora Soraya Thronicke (União Brasil) aparecem com 1%. O chamado não voto é baixo: há 4% de nenhum/branco/nulo e 2% de não sabe/não respondeu.

Em termos de votos válidos, Lula subiu de 47% para 48% dos votos válidos. A FSB destaca que “nunca foi tão baixo o percentual de eleitores que ainda pensam em mudar seu voto”: apenas 13%. É o caso de 35% dos eleitores de Simone Tebet e de 37% dos eleitores de Ciro. Conforme o levantamento, Lula pode ganhar, nessa mudança de opção, mais dois pontos percentuais, aproximando-se ainda mais de uma vitória em um único turno. Ainda assim, estaria tudo dentro da margem de erro – o que impede cravar uma previsão mais concreta.

“O número de eleitores ainda dispostos a mudar a decisão de voto nessa reta final é suficiente para alterar o quadro, que hoje indica a necessidade de 2º turno. São cerca de 20 milhões de eleitores que apontam um candidato ou dizem que irão anular seu voto, mas que não estão 100% convictos disso”, diz Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa. “Caso tenhamos um movimento forte nessa última semana, a contagem dos votos válidos pode ser alterada até domingo.”

Na simulação de segundo turno, Lula vence Bolsonaro por 52% a 40%. Outros 7% não votariam em nenhum, votariam em branco ou anulariam o voto. Apenas 1% está indeciso. A pesquisa BTG/FSB ouviu 2 mil eleitores, por telefone, de 23 a 25 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.