Ex-colônias cobram desculpas da monarquia britânica e indenização do Reino Unido
A morte da rainha Elizabeth 2ª do Reino Unido e a sucessão ao trono trouxe, novamente, o debate sobre países pertencentes à monarquia se tornarem repúblicas. Junto a isso, as ex-colônias, que agora têm Charles 3º como rei, também visam um pedido formal de desculpas pela escravidão, assim como indenizações reparadoras pelo período.
Além do Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte), mais 14 países tem como chefe de estado o líder da Família Real Britânica: Austrália; Canadá; Nova Zelândia; Papua-Nova Guiné; Ilhas Salomão; Tuvalu; e no caribe, Antígua e Barbuda; Bahamas; Belize; Granada; Jamaica; São Cristóvão e Neves; Santa Lúcia; São Vicente e Granadinas.
Em dezembro de 2021, Barbados deixou de pertencer à monarquia e se tornou uma república. Esse movimento tem incentivado outras ex-colônias, em especial do caribe, a tomar a mesma decisão. Apesar da saída, o país continuou na Commonwealth (Comunidade das Nações), grupo de cooperação que reúne 56 países independentes, a maioria de ex-colônias britânicas.
Em junho, durante o 26º encontro da Commonwealth, em Kigali, Ruanda, oportunidade que Patricia Scotland foi reeleita secretária-geral, muitos líderes já haviam se pronunciado sobre uma possível saída em caso de alternância que levasse Charles a assumir como rei.
No mês de março, o príncipe William e sua esposa, a agora princesa de Gales, Kate Middleton, estiveram em Belize, Bahamas e Jamaica, em comemoração aos 70 anos da Rainha Elizabeth 2ª no poder. A viagem foi marcada por protestos contra a realeza, com manifestações anticolonialistas e pedidos de indenização como forma de reparação histórica. Uma aparição do casal foi cancelada em Belize por conta dos ativistas.
Exemplo de Barbados
Líderes de Santa Lúcia e Jamaica já se manifestaram no sentido de abandonar a corte. Inclusive os jamaicanos já anunciaram, em 2021, que pediriam indenização pelos 600 mil africanos levados para serem escravizados na ilha. Conforme pesquisa recente no país, mais da metade da população (56%) querem deixar a monarquia.
Com informações de agências