A fervura baixou no segundo bloco do último debate com os presidenciáveis no primeiro turno, realizado na noite desta sexta-feira (29) pela TV Globo. Se no primeiro bloco, a ênfase foi o ataque ao ex-presidente Lula (PT), favorito nas pesquisas de intenção de voto, no bloco seguinte os embates foram mornos e se focaram principalmente em temas como lei de cotas, combate ao racismo e meio ambiente, sorteados pelo apresentador William Bonner. 

Logo na abertura, ao ser questionado por Luis Felipe d’Ávila (Novo), Lula defendeu a lei de cotas como uma forma de pagar uma dívida histórica do país com sua população negra pelos anos de escravidão. Lula também destacou que gosta de “cuidar do povo” e que os brasileiros desejam seu retorno à presidência devido às políticas públicas e sociais que implantou em seu governo. 

Outro tema que veio à tona foi o desmatamento. A candidata Simone Tebet (MDB) se dirigiu a Jair Bolsonaro (PL) e questionou o que faria de diferente uma vez que em seu governo esta foi uma das áreas mais degradadas. De maneira cínica, Bolsonaro tentou fazer crer que seu governo teria contribuído para a preservação ambiental; também disse não ser possível tomar conta de toda a Amazônia. Tebet rebateu o presidente, dizendo que ele “mente tanto que acredita na própria mentira”. 

A relação com o Congresso também esteve em pauta e Bolsonaro disse que deu um ponto final no toma lá dá cá com o Congresso, ignorando a existência do orçamento secreto que beneficia a base bolsonarista. 

Ao tratar da pauta ambiental com Simone Tebet, Lula lembrou de ações de seu governo para combater o desmatamento e evitar a emissão de gás carbônico e ressaltou que se eleito, vai proibir o garimpo ilegal. Disse, ainda que não é necessário desmatar para plantar porque já existe terra suficiente para isso. 

Participam do debate Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe D’Ávila (Novo) e Padre Kelmon (PTB).