As três unidades da Rosneft refinam cerca de 12% do petróleo bruto na Alemanha (Sputnik)

Jair Bolsonaro surtou mais uma vez por conta da investigação da Polícia Federal que identificou movimentações suspeitas de seu ajudante de ordens, Mauro Cesar Barbosa Cid, e voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes.

De um local qualquer que ele montou para fazer lives após ser proibido de usar o Palácio da Alvorada, Bolsonaro chamou Moraes de “patife”, “moleque” e “cara de pau”, e o acusou de ter vazado informações do inquérito que investiga seu ajudante de ordens. Ele atacou o ministro, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas duas lives que fez essa semana.

“Alexandre, que cara de pau. Mandou instaurar um inquérito para saber quem vazou. Quem vazou foi você, assuma. Seja homem uma vez na vida. Deixa de ser um patife, Alexandre de Moraes”, falou.

Jair Bolsonaro ficou desconcertado e histérico por conta da informação de que no celular de Mauro Cid foram encontradas fotos e mensagens que indicam a existência de depósitos fracionados e saques em dinheiro.

Segundo Bolsonaro, os saques e depósitos eram referentes somente a gastos ordinários de sua família, mas ele não quis apresentar extratos que provassem isso.

O chilique também acontece diante de sua iminente derrota nas urnas. A pesquisa Datafolha mostra que Lula pode vencer no primeiro turno, tendo mais de 50% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro está com 36%.

Na terça-feira (27), Jair disse que Alexandre de Moraes “ultrapassou todos os limites” por “mexer com minha esposa”.

“Alexandre, você mexer comigo é uma coisa. Você mexer com a minha esposa, você ultrapassou todos os limites, Alexandre de Moraes. Todos os limites”.

“Tu tá pensando o que da vida, que você pode tudo e tudo bem? Você um dia vai dar uma canetada e me prender? É isso que passa pela tua cabeça? É uma covardia”, atacou.

As informações obtidas no celular de Mauro Cid indicam o recorrente uso de dinheiro vivo, como a família Bolsonaro fez para comprar 51 imóveis e fazia para recolher o salário de seus assessores, no esquema conhecido como “rachadinha”.

O uso de dinheiro vivo é comum em casos em que se quer esconder a origem dos recursos.

O ajudante de ordens Mauro Cid está sendo investigado em razão de sua participação no vazamento de um inquérito sigiloso sobre uma invasão hacker nos sistemas do TSE. Bolsonaro usou o caso para atacar as urnas eletrônicas e falar que as eleições foram fraudadas.

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